
O consumo de energia no país é um retrato fiel de seu desempenho econômico. Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Brasil consumiu 69.713 megawatts médios em novembro, uma retração de 1,8% em relação ao mesmo período de 2024. Este desempenho é um reflexo também das temperaturas mais amenas na comparação com o ano passado.
Para a Câmara, o calor é um dos fatores que influenciam a utilização de eletricidade no país. O uso de aparelhos de refrigeração, como ventiladores e ar-condicionado, tem impacto direto sobre a demanda, especialmente no mercado regulado, que reúne consumidores residenciais, pequenos comércios e empresas de médio porte.
Nesse segmento, a carga foi de 39.754 MW médios, queda de 1,5% na comparação anual.
No mercado livre, em que o consumidor tem liberdade para escolher seus fornecedores de energia com base em critérios como preço, tipo de fonte e flexibilidade contratual, consumiu-se 29.959 MW médios, redução de 2,7% no comparativo com novembro de 2024.

Para a CCEE, os dados reforçam o papel do monitoramento contínuo do consumo de energia como um termômetro importante da atividade econômica e do comportamento do setor elétrico brasileiro. As informações, apuradas em tempo real pela instituição, servem de base para o planejamento de agentes, investidores e formuladores de políticas públicas em todo o país.
A Câmara de Comercialização também acompanha o comportamento do consumo em 15 ramos de atividade econômica que atuam no mercado livre.
Em novembro, apenas quatro deles registraram avanço: Extração de Minerais Metálicos (11,4%), Transporte (2,1%) e Minerais Não-Metálicos e Saneamento, ambos com avanço de 1,6%, cada um.

Na leitura regional, Acre teve o maior aumento no consumo de energia elétrica no país, com 16,6%, seguido por Mato Grosso (8,7%), Pará (6,7%), Goiás (5,0%) e Tocantins (4,9%). As quedas ficam mais concentradas nas regiões Sul e Sudeste, com maior declínio do mês registrado no Paraná (-10,0%).




