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Pai e filho são os responsáveis por massacre em praia na Austrália, diz polícia

Quinze morreram e quarenta permanecem hospitalizadas após o ataque, incluindo dois policiais que estão em estado grave, mas estável

Dois supostos atiradores que mataram 15 pessoas em uma celebração judaica na praia de Bondi, em Sydney, eram pai e filho, informou a polícia, enquanto a Austrália lamenta as vítimas do pior episódio de violência armada em quase 30 anos.

O pai, de 50 anos, foi morto no local, enquanto o filho, de 24 anos, está em estado crítico no hospital, disse a polícia em coletiva de imprensa na Austrália, onde já é segunda-feira. As autoridades descreveram o que houve no domingo como um ataque antissemita direcionado.

Quarenta pessoas permanecem hospitalizadas após o ataque, incluindo dois policiais que estão em estado grave, mas estável, segundo a polícia. As vítimas tinham entre 10 e 87 anos.

Testemunhas relataram que o ataque na famosa praia, que estava lotada em uma noite quente, durou cerca de 10 minutos, fazendo centenas de pessoas correrem pela areia e para ruas e parques próximos. A polícia informou que cerca de 1.000 pessoas compareceram ao evento de Hanukkah alvo da operação, que ocorreu em um pequeno parque próximo à praia

Um pedestre que foi filmado imobilizando e desarmando um homem armado durante o ataque foi aclamado como herói, cujas ações salvaram vidas. O Canal Sete o identificou como Ahmed al Ahmed, citando um parente, que afirmou que o dono de uma frutaria, de 43 anos, foi baleado duas vezes e passou por cirurgia.

A polícia não informou quais armas foram usadas no ataque, mas imagens do local mostram os homens disparando o que parecia ser um rifle e uma espingarda.

Morgan Gabriel, de 27 anos, moradora de Bondi, disse que estava indo para um cinema próximo quando ouviu o que pensou serem fogos de artifício, antes que as pessoas começassem a correr pela rua.

“Abriguei umas seis ou sete pessoas. Duas delas eram amigas próximas, e as outras eram pessoas que estavam na rua. Mas as pessoas tinham deixado os celulares na praia, e todo mundo estava tentando fugir”, disse.

Líderes condenam ataques

As autoridades disseram estar confiantes de que apenas dois agressores participaram do incidente, após inicialmente afirmarem que verificavam a possível participação de um terceiro. As investigações policiais estão em andamento e o número de policiais foi elevado nas comunidades judaicas.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, que visitou o local nesta segunda-feira, classificou o ataque como um “momento sombrio para nossa nação” e afirmou que a polícia e os órgãos de segurança estão investigando minuciosamente a motivação do crime.

“O que vimos foi um ato de pura maldade, um ato de antissemitismo, um ato de terrorismo em nosso território, em um local icônico da Austrália”, disse Albanese a jornalistas. “A comunidade judaica está sofrendo hoje. Hoje, todos os australianos abraçam essa comunidade e dizem: estamos com vocês. Faremos o que for necessário para erradicar o antissemitismo. É uma praga, e vamos eliminá-la juntos”

Albanese afirmou que vários líderes mundiais, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, manifestaram solidariedade, e agradeceu pelo apoio.

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