Maduro dá “ultimato” aos EUA: “Deixem a Venezuela em paz”
Presidente sobe o tom contra as ameaças dos EUA, que iniciaram campanha para enfraquecer o regime venezuelano

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu que o “imperialismo”, em referência aos Estados Unidos, “deixe a Venezuela em paz”. A solicitação, feita nessa quarta-feira (12), durante evento comunitário em Aragua, acontece em meio à escalada da tensão militar entre os países, em que os EUA intensificam ataques navais no Caribe, próximo à nação sul-americana, sob a justificativa de combater o narcotráfico.
“Todos nós somos movidos pela ideia de lutar por nossa terra, por nossa pátria, para que ninguém interfira conosco, e ao imperialismo dizemos: fique longe daqui, deixe a Venezuela em paz. O que a Venezuela quer é trabalhar para prosperar, para ter os tempos de paz sonhados pelo libertador, como a paz perpétua, e essa paz perpétua que sonhamos vamos preservar e vamos conquistá-la”, afirmou.
Maduro sobe o tom contra as ameaças dos EUA, que iniciaram campanha para enfraquecer o regime venezuelano. As ofensivas navais norte-americanas, realizadas desde agosto, se intensificam neste fim de ano, com navios de guerra montando um “cerco” no Caribe, bombardeando embarcações na rota marítima para “impedir o narcotráfico” e matando mais de 70 pessoas que designam como “narcoterroristas”.
Em contrapartida, Maduro ordena medidas de segurança, como a promulgação da Lei do Comando para a Defesa Integral da Nação, ordenando a mobilização massiva de meios terrestres, aéreos, navais, fluviais e de mísseis, incluindo a milícia bolivariana.
Ainda durante o discurso, ao falar dos EUA, o líder venezuelano tentou amenizar as tensões e pediu por paz, dizendo que a Venezuela nunca os ameaçou.



