Mitsubishi Grandis 2.4 2008: minivan japonesa de luxo oferece conforto e espaço de SUV por cerca de R$ 35 mil

Poucos lembram, mas antes da febre dos SUVs dominar o mercado, a Mitsubishi apostava em um conceito de veículo familiar que unia espaço, conforto e desempenho de sobra. O resultado foi o Mitsubishi Grandis 2.4 2008, uma minivan de 7 lugares que trazia conforto de sedã, espaço de van e motor de carro esportivo, tudo isso em um pacote robusto e confiável.
Hoje, é possível encontrar unidades bem conservadas no mercado de usados por valores entre R$ 33 mil e R$ 38 mil, segundo a Tabela Fipe, o que a torna uma das opções mais interessantes e acessíveis entre veículos de sete lugares com DNA japonês.

Motor potente e durável de 163 cv
O coração do Grandis é o motor 2.4 16V MIVEC, um quatro cilindros aspirado com comando variável de válvulas, tecnologia que a Mitsubishi já utilizava em seus modelos esportivos. Esse conjunto entrega 163 cv de potência a 6.000 rpm e 22,9 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de quatro marchas, suave e resistente.
Embora o consumo não seja seu ponto forte, o desempenho compensa: o Grandis acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 11 segundos, atingindo velocidade máxima próxima de 190 km/h — números excelentes para uma minivan de mais de 1.600 kg.
O consumo médio gira em torno de 7,5 km/l na cidade e 10 km/l na estrada, segundo dados de proprietários.

Espaço interno e conforto de sobra
Por dentro, o Grandis impressiona até hoje. São sete lugares reais, distribuídos em três fileiras com excelente espaço para pernas e ombros. A segunda fileira conta com bancos corrediços e reclináveis, enquanto a terceira pode ser totalmente rebatida, ampliando o porta-malas para mais de 1.540 litros.

O acabamento interno é digno de um modelo de luxo: bancos de couro, ar-condicionado digital com saídas traseiras, direção hidráulica leve, volante multifuncional e painel central elevado, em estilo europeu. Mesmo após mais de 15 anos, o conjunto mantém um visual moderno, e a robustez da construção japonesa é percebida nos encaixes e na durabilidade dos materiais.
Equipamentos e segurança acima da média
O Mitsubishi Grandis 2008 também se destacava pelo nível de segurança e tecnologia para a época. Vinha equipado com freios ABS com EBD, duplo airbag frontal, sensor de estacionamento traseiro, retrovisores elétricos, computador de bordo e rodas de liga leve aro 17.
A suspensão, independente nas quatro rodas (McPherson na dianteira e multilink na traseira), garante excelente estabilidade e conforto mesmo em pisos irregulares – um dos motivos pelos quais o modelo é elogiado por quem viaja com a família.

Manutenção e disponibilidade de peças
Apesar de ser um carro relativamente raro nas ruas, o Grandis compartilha diversos componentes mecânicos com outros modelos Mitsubishi, como Lancer e Outlander, o que facilita a reposição de peças e manutenção.
Itens como filtros, correias, buchas e amortecedores são encontrados com facilidade em lojas especializadas e concessionárias. No entanto, peças específicas de acabamento ou detalhes internos podem exigir mais paciência – algo comum em modelos importados dessa época.
Por outro lado, o custo de manutenção preventiva é relativamente acessível: trocas de óleo e filtros ficam na faixa de R$ 400 a R$ 600, e uma revisão completa, incluindo velas, pastilhas e fluídos, dificilmente ultrapassa R$ 1.500.

Dirigibilidade e conforto de rodagem
Na estrada, o Grandis mostra o que o DNA Mitsubishi é capaz de entregar. A direção é leve em baixa velocidade e firme em alta, o isolamento acústico é eficiente, e o comportamento em curvas surpreende para uma minivan de 7 lugares. O câmbio, embora de apenas quatro marchas, trabalha de forma suave e aproveita bem o torque do motor.
O acerto de suspensão favorece o conforto, e o carro se mantém estável mesmo carregado. Proprietários destacam o equilíbrio entre desempenho e suavidade, o que torna o modelo ideal para longas viagens em família ou transporte executivo.
Um carro esquecido com alma de clássico
O Mitsubishi Grandis é, sem dúvida, um dos grandes “achados escondidos” do mercado de usados. Foi lançado em um momento em que o público brasileiro começava a trocar minivans por SUVs, o que fez o modelo ter pouca projeção comercial, apesar de sua qualidade indiscutível.



