EUA vão reduzir tráfego aéreo em 10% devido ao shutdown
Cancelamentos vão atingir os 40 maiores aeroportos dos Estados Unidos a partir desta sexta-feira (7)

A Casa Branca decidiu reduzir em 10% os voos programados para os 40 maiores aeroportos dos Estados Unidos a partir desta sexta-feira (7). O anúncio foi feito pelo secretário de transportes, Sean Duffy, e o administrador da Administração Federal de Aviação (FAA), Bryan Bedford, que informaram que a medida será tomada como consequência do shutdown do governo dos EUA.
A lista completa com os 40 aeroportos atingidos será divulgada nesta quinta-feira (6). A expectativa é que a medida atinja os principais terminais de Nova York, Washington DC, Los Angeles e mais.
A redução afetará tanto o tráfego de cargas, quanto voos particulares e de passageiros. A empresa de análise de aviação Cirium estima que os cortes vão significar o cancelamento de mais de 1,8 mil voos e atingir 268 mil passageiros de companhias aéreas.
Os representantes da Casa Branca informaram que a decisão é uma medida preventiva para garantir que o tráfego aéreo ocorra com segurança. De acordo com Bedford, a FAA passou a receber reclamações de que controladores de voo estavam trabalhando até a fadiga.
“À medida que analisamos os dados com mais detalhes, vemos pressões se acumulando de uma forma que, se permitirmos que continuem sem controle, não nos permitirá afirmar ao público que operamos o sistema de aviação mais seguro do mundo”, disse Bedford.
A redução de 10% visa diminuir o estresse dos controladores de tráfego aéreo, que trabalharam durante toda a paralisação sem receber salário.
A decisão ocorre um dia depois da queda de um avião de carga da UPS em Louisville, no estado americano do Kentucky. 12 pessoas morreram, segundo autoridades locais. O governador Andy Beshear afirmou que o total de vítimas pode aumentar, já que equipes de resgate ainda buscam pessoas desaparecidas na área atingida. Há dezenas de feridos.
A aeronave, um McDonnell Douglas MD-11, caiu nessa terça-feira (4) pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional de Louisville com destino ao Havaí. O impacto destruiu ou danificou diversos prédios próximos e espalhou destroços em uma área de cerca de 800 metros de largura.

Após o acidente, o Sean Duffy alertou para o risco de “caos generalizado” devido à escassez de controladores de tráfego aéreo.



