Economia

Confiança do consumidor tem segunda alta seguida em outubro

Índice da FGV mostra melhora nas expectativas e no cenário econômico atual

A confiança dos consumidores brasileiros voltou a crescer em outubro, marcando o segundo mês consecutivo de alta, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O avanço reflete uma percepção mais positiva sobre o momento econômico atual e expectativas mais otimistas para os próximos meses.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV subiu 1,0 ponto em relação a setembro, alcançando 88,5 pontos. A economista do FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, afirmou que o movimento confirma a retomada do indicador. “A segunda alta consecutiva da confiança do consumidor consolida a trajetória de recuperação gradativa do indicador, iniciada em março de 2025, após as perdas incorridas no fim do ano passado”, destacou.

Avanço impulsionado por famílias de menor renda

A pesquisa mostra que o resultado foi influenciado principalmente pela melhora da percepção sobre o presente e pelas expectativas futuras. Segundo Gouveia, “o resultado foi impulsionado pela melhora da percepção sobre o presente e das expectativas futuras, além de ter sido notadamente influenciado pela alta da confiança das famílias de menor renda”.

Ainda de acordo com a reportagem, o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE) também registraram crescimento de 1,0 ponto cada um, atingindo respectivamente 83,0 e 92,8 pontos. O componente que avalia a situação econômica local atual subiu 2,3 pontos, chegando a 95,5 pontos, enquanto o indicador de situação econômica futura avançou 2,3 pontos, atingindo 106,9 pontos, o maior patamar desde outubro de 2024.

Consumidor menos pessimista, mas ainda cauteloso

De acordo com a economista da FGV, o cenário atual indica um consumidor “menos pessimista”, sustentado pela manutenção do emprego e da renda, além da queda gradual da inflação. “O quadro do mês sinaliza um consumidor menos pessimista, dada a manutenção do emprego e da renda junto a uma trajetória de queda da inflação nos últimos meses. Por outro lado, os níveis de inadimplência e a alta taxa de juros comprometem uma melhora mais robusta da confiança”, explicou.

Juros altos ainda limitam o otimismo

Mesmo com a melhora dos indicadores, a confiança dos consumidores ainda enfrenta desafios. A taxa básica de juros (Selic) permanece em 15%, segundo o Banco Central, que afirmou ter iniciado uma nova fase da política monetária. O objetivo é manter a Selic inalterada por um período prolongado para garantir o cumprimento da meta de inflação.

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