Marcos Braz cita desafios e planos do Remo na busca pelo acesso
Dirigente abordou diversos temas como estrutura do clube, desafios na Região Norte e planejamento azulino e a Série B atual no qual cita: "melhor resultado em 18 anos"

Atual diretor executivo do Clube do Remo, Marcos Braz foi o convidado do programa FShow desta quarta-feira (22), da ESPN Brasil. No Remo desde maio deste ano (para ocupar a vaga de Sérgio Papellin que aceitou o convite para retornar ao Fortaleza), o dirigente tem sido o principal nome do futebol do “Filho da Glória e do Triunfo” na atualidade.
Na 4° colocação da Série B do Campeonato Brasileiro, com 54 pontos, três a menos do que o líder Coritiba, e restando apenas cinco rodadas para o fim da segundona, o Leão Azul visa diretamente a possibilidade de acesso à Série A em 2026. Vale destacar que a última vez que o Remo disputou a primeira divisão foi há 31 anos, ou seja, em 1994.
Ao longo de toda a entrevista, que também teve assuntos direcionados ao Flamengo, Marcos Braz falou de forma bem clara e objetiva com relação a parte estrutural da equipe, de como ele recebeu o clube e como também esperar deixar após o término do seu contrato, que vai até o dia 31 de dezembro de 2025. Mas ainda sim, Braz não pensa em deixar o Leão, tanto que já mira atenções no planejamento para 2026.
Principais pontos da entrevista
- Tempo de Contrato
“A relação que eu tenho com o Flamengo é uma relação de vida, mas eu nunca pensei nisso nesse momento. Penso em ficar aqui no Pará. Meu contrato vai até dia 31 de dezembro, mas independente de qualquer Série, eu vou fazer meu trabalho para entregar um Remo ainda melhor que eu recebi. Eu vim para cá com duas pessoas (Cadu Furtado e Daniel Dambrós) que estão contribuindo e me ajudando muito. Então vou discutir com ele e com as pessoas que me trouxeram para cá, mas eu não me vejo nesse momento em sair do Remo”
- Estrutura
“Aqui no Norte tem suas peculiaridades, mas o Remo é um clube de massa, que pressiona, mas a maior dificuldade é a parte estrutural. Quando saio de um clube que é a potência do Flamengo, e vem para outro clube que é popular, de pressão e está com dificuldades a conquistas em bastante tempo, mesmo sendo campeão paraense, você redimensiona as adaptações no dia-a-dia”.
- Baenão
“A gente vem dentro do futebol estruturando pelo menos para a Série que a gente está. Eu gosto muito de jogar no Baenão, sei das dificuldades de jogar lá. Também sei que o impacto financeiro é enorme. É na veia do clube, mas eu tratei com pessoas ligadas ao clube, tratando da importância desportiva para que a gente fosse para lá. Existem momentos, decisões, que precisam ser mais curtos, ainda mais que faltam cinco jogos finais para que a gente possa ter o sonho do acesso”
- Série B
“Nos últimos 18 anos, foram 8 Séries C, 4 Séries D, 3 anos sem Série, e esse resultado – mesmo que o Remo não suba – será o melhor resultado em 18 anos. Acho que é importante pontuar esse esforço da diretoria, do presidente Tonhão, de todas as pessoas que conseguiram e estão querendo botar o Remo em um novo rumo”.
- Possibilidade de Acesso
“Já tenho um pouco do calendário do ano que vem na cabeça. A Série A começa em janeiro e a Série B perto de março. Isso não tem nada a ver estar antecipando os fatos, comemorando qualquer tipo de situação e eu tenho consciência disso. Até disso no vestiário que cinco vitórias não colocam a gente em nenhuma página da história do Remo. O que coloca é acesso e lutar para ser campeão”
- Projeção de elenco na Série A
“Caso a gente consiga o acesso à Série A, vamos ter que fazer trabalhos aqui a toque de caixa. E eu já falei aos meus familiares que se por um acaso, o Remo subir para a Série A, eu vou passar o Natal e muito provavelmente o Reveillon aqui em Belém, porque não dá pra sair daqui e não dá pra montar um time de Série A em 20 a 25 dias, que é o que vou ter para o time se apresentar até o dia 2 ou 3 de janeiro”