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“Eu não vou pedir que nos liberte, porque você já nos condenou”, diz Deputada Federal Silvia Waiãpi à Marina Silva na Câmara

Audiência desta quarta-feira (2) ocorre em meio a um cenário preocupante, em que deputados do agronegócio estão insatisfeitos com as ações do governo federal.

A Deputada Federal do Amapá, Silvia Waiãpi, se posicionou de maneira firme frente à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, nesta quarta-feira (2), na Câmara dos Deputados, a favor dos interesses progressistas do povo nortista durante audiência da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

A convocação da gestora da pasta foi feita pelo Deputado Federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), presidente da comissão, para que Marina prestasse esclarecimentos sobre sua atuação no ministério, bem como medidas adotadas e — supostamente negligenciadas — por sua pasta.

A audiência ocorreu em meio a um cenário preocupante, em que deputados que defendem o setor agropecuário estão insatisfeitos com as ações em geral do governo federal.

Segundo a parlamentar amapaense, o governo federal impõe medidas e políticas públicas que, além de funcionar em desfavor do desenvolvimento dos povos da Amazônia, são encaminhadas sem consulta e anuência dos habitantes dos estados do Norte.

“Carne e leite são consumidos por nós mesmos (…) porque não temos estrada, ministra. (…) a senhora disse que não se faz estrada para passear [sobre a BR-319], mas faz para a COP 30! (…) Eu não vou pedir que a senhora nos liberte, porque a senhora já nos condenou”, defende a congressista frente à ministra.

Para Silvia Waiãpi, os interesses dos nortistas são suprimidos, sem que se leve em consideração sua vivência, realidade e desafios, em função de pautas externas, como, por exemplo, leis que travam o avanço econômico dos produtores rurais e extrativistas.

“O meu estado do Amapá, onde nós temos 75% de bloqueio em Flotas, Flonas, reservas ambientais, reservas indígenas, sobrou 25% (…) enquanto o Sul e o Sudeste, que a senhora representa, tem 20% de reserva legal”, se posiciona.

Para Nogueira, Marina precisa explicar ações consideradas prejudiciais ao setor produtivo rural e possíveis omissões frente a temas ambientais que ‘travam’ o segmento que representa ¼ do PIB brasileiro.

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