Política Nacional

Líderes enxergam anistia distante, apesar dos acenos de Motta

Movimento pela anistia pelo 8 de janeiro poderia ser visto como provocação ao Supremo Tribunal Federal (STF), avaliam líderes do Centrão

Os acenos feitos ao longo dos últimos dias tanto pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, quanto pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, animaram integrantes da oposição e impulsionaram movimentos pela anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro.

Isso não significa, porém, que essa pauta tenha endosso de todos os líderes parlamentares. Muito pelo contrário. Integrantes ouvidos por este portal afirmam que a anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro ainda é uma matéria de difícil trâmite no Congresso, principalmente no Senado onde o governo Lula tem uma base mais consistente do que na Câmara.

Como mostramos, integrantes da oposição se reuniram nesta terça-feira com o presidente da Câmara e Motta recebeu uma mulher e seis filhos de um dos presos pelos atos de 2023. A conversa durou 30 minutos.

Pacificação x anistia ampla

Depois, em entrevista coletiva, o líder da oposição, o tenente-coronel Luciano Zucco (PL-RS), afirmou que essa pauta é urgente para se pacificar o país.

“Nenhum assunto é mais urgente ou importante do que a censura, a perseguição e o abuso de poder que experimentamos. Essa pauta sim, dará a devida pacificação de que tantos falam”, disse o parlamentar.

“Eu acho que na hora que você solta um inocente ou uma pessoa que não teve um envolvimento muito grande (no 8 de janeiro) é uma forma de você pacificar [o país]. Esse país precisa ser pacificado. Ninguém aguenta mais esse radicalismo. A gente vive atrás de culpados”, afirmou o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

Para lideranças de partidos do Centrão como MDB e PSD, se o Congresso fizer qualquer movimento pela anistia aos réus automaticamente deputados e senadores vão criar um imbróglio com o Supremo Tribunal Federal (STF). Na palavra de um importante líder a este portal, “há questões mais urgentes a serem resolvidas como a regulamentação das emendas parlamentares”.

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