Polícia

Operação “Renorcim” desarticula base de suporte de garimpo ilegal

A Polícia Civil do Estado do Amapá, por meio da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), com o apoio de outras unidades policiais, deflagrou uma operação de enfrentamento à organização criminosa e ao tráfico de drogas.

A ação faz parte da 1ª Operação RENORCRIM, uma iniciativa nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, que integra unidades especializadas de todo o país no combate às organizações criminosas. 

De acordo com o delegado Ismael Nascimento, titular da DRACO, durante a ação policial, foi desarticulada uma base que servia de suporte logístico e operacional para um garimpo ilegal no município de Laranjal do Jari. Foram apreendidos bens avaliados em R$ 1.233.600 representando um impacto direto contra a logística criminosa.

Entre os materiais apreendidos estão uma aeronave usada para transporte de materiais ilícitos, quatro armas de fogo, munições, lunetas de uso restrito, carotes de combustível, ouro bruto, equipamentos tecnológicos, um GPS portátil e diversos objetos utilizados na prática de garimpagem ilegal. 

Cinco suspeitos foram presos em flagrante, incluindo mecânicos, o piloto da aeronave e operadores contratados por um indivíduo apontado como líder do esquema criminoso. Durante o interrogatório, o piloto afirmou já ter sobrevivido a quatro acidentes aéreos anteriores, reforçando a ousadia e os riscos assumidos pelo grupo criminoso na execução de suas atividades ilegais. 

“As investigações continuam para identificar outros envolvidos e aprofundar a apuração sobre a atuação desse grupo criminoso. Nosso objetivo é desmantelar essa estrutura que atua em prejuízo do meio ambiente na Amazônia e da sociedade. Esse prejuízo financeiro de mais de R$ 1,2 milhão demonstra a efetividade das ações da Polícia Civil. Vamos continuar com esforços integrados para garantir que essas práticas ilícitas sejam interrompidas”, explicou o delegado. 

A deflagração das ações da Polícia Civil ocorre no contexto da Operação Renorcrim, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A iniciativa reúne unidades especializadas em todo o país, garantindo estratégias integradas no combate ao crime organizado, especialmente em áreas sensíveis como exploração mineral e tráfico de drogas e de armas. 

A operação foi coordenada pela DRACO (Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), com a participação das seguintes unidades da Polícia Civil do Amapá: DETE (Delegacia Especializada de Tóxicos e Entorpecentes), DECCP (Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio), NOC (Núcleo de Operações com Cães), CORE (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais), DRCCIBER (Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos), LAB-LD (Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro) e 1ª DPLJ (Delegacia de Polícia de Laranjal do Jari). 

Os presos foram encaminhados para audiência de custódia, sendo que três deles tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva e serão encaminhados ao IAPEN, enquanto dois responderão em liberdade. Todos poderão responder pelos crimes de porte ilegal de arma de uso restrito, crimes ambientais, como armazenamento de combustível e uso de motosserra, associação criminosa, usurpação de bens da União e outros crimes correlatos. 

A Polícia Civil do Amapá reafirma seu compromisso no enfrentamento ao crime organizado, protegendo os recursos naturais e a segurança pública, com a certeza de que novas ações serão realizadas em continuidade às investigações.

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