Entre os sepultados mais antigos, está o holandês Peter Van Schepemberg, que manteve uma famosa serraria na Ilha de Santana entre as décadas de 1950 e 1960
Jonhwene Silva/Da Redação
Considerado um dos primeiros locais para sepultamento dos moradores de Santana, o cemitério Cumaru, fundado nos anos de 1950, e que fica em uma área pertencente a um matadouro, poderá receber visitantes no Dia dos Finados, 2 de novembro. Histórico, o local fica localizado às margens do rio Amazonas. Relatos de ribeirinhos dão conta de que o espaço antigamente era usado para o enterro de moradores da Ilha de Santana.
São poucas as informações sobre o cemitério Cumaru. Porém, relatos históricos indicam que há época, moradores da Ilha de Santana construíam os caixões de parentes que faleciam. Em seguida, faziam a travessia do rio Amazonas e enterravam os entes queridos no Cumaru. Nos dias de hoje, ainda existem parentes de pessoas que foram sepultados ali.
Raimundo Benevutto, de 63 anos, nascido no município de Breves (PA), mora hoje no bairro Novo Horizonte, onde está localizado o cemitério histórico. Ele conta que, quando menino, seus avós costumavam acender velas no local no Dia de Finados: “Eu lembro, quando criança, que meus avôs, no dia dedicado aos ente queridos, iam lá nesse cemitério acender velas para os mortos. Essa lembrança eu nunca vou esquecer porque eu ia com eles”, disse o aposentado.
Atualmente, o local não oferece as melhores condições para receber visitante, porém, anualmente às proximidades da data o espaço recebe limpeza por parte de funcionários do matadouro. Entre os sepultados mais antigos, está o holandês Peter Van Schepemberg, que manteve uma famosa serraria na Ilha de Santana entre as décadas de 1950 e 1960, e chegou a ser um dos maiores fornecedores de madeira no Brasil.
