Novas evidências apontam que o Sudário de Turim é autêntico
Cientistas acreditavam ter provado que era uma farsa, porém novas descobertas mudaram o cenário
Uma pesquisa realizada por cientistas italianos com técnicas avançadas de raios-x analisou a estrutura do Sudário de Turim e comprovou que o material tem mais de 2.000 anos.
O tecido é comumente chamado de Santo Sudário pelos católicos, por causa das evidências de que envolveu o corpo Jesus após a crucifixão.
Existem dúvidas a respeito da autenticidade do sudário e a questão não é cientificamente fechada; a própria Igreja Católica não reconhece oficialmente a possível relíquia.
Na década de 1980, cientistas fizeram testes de datação por carbono-14. Os experimentos chegaram à conclusão de que o Sudário teria sido produzido entre os anos 1260 d.C. e 1390 d.C.
Não era consenso entre os cientistas que a datação fosse confiável. Liberato De Caro, o principal autor da pesquisa atual, acredita que as amostras analisadas possam ter sofrido contaminação ao longo dos séculos.
Para tentar comprovar a idade do Sudário, a equipe do Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa fez uma análise de oito pequenas amostras do tecido.
- Cristalografia é uma ciência que estuda os cristais, ou seja, a forma como os átomos se organizam.
Os especialistas utilizaram uma técnica moderna conhecida como Wide-Angle X-ray Scattering (WAXS). A partir disso, os cientistas estudaram pequenos detalhes na estrutura do linho e nos padrões da celulose.
Os especialistas analisaram o envelhecimento natural da celulose e o impacto de parâmetros como umidade e temperatura. Além disso, o tecido foi comparado com outros do século I e com peças das épocas indicadas pela pesquisa anterior.
O resultado da análise foi que o Sudário teria sido confeccionado há aproximadamente dois mil anos, próximo da época em que Cristo foi crucificado.
A descoberta pode ajudar a mudar a compreensão sobre a natureza do manto, fortalecendo a crença de que se trate de uma relíquia autêntica de Jesus.