DRFE prende estelionatários que aplicaram golpe do ‘falso familiar’ em idosa de Macapá
Eles foram presos nas cidades de Novo Progresso (PA) e Várzea Grande (MT)
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Fraude Eletrônica (DRFE), deflagrou — com apoio da PJCMT, PCPA e PCERJ – a Operação ‘Falsus Filius’ (falso filho em latim) com a finalidade de localizar e cumprir mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário amapaense em desfavor de dois investigados (uma mulher 30 anos de idade e um homem de 19 anos de idade). Eles foram presos nas cidades de Novo Progresso (PA) e Várzea Grande (MT).
A investigação foi iniciada a partir do registro de ocorrência efetuado pela vítima, idosa de 74 anos de idade, que relatou que recebeu mensagens em seu aplicativo de Whatsapp de uma pessoa que se identificava como uma de suas filhas, e que inclusive usava a foto desta no perfil.
Na ocasião, a suposta filha teria lhe pedido dinheiro emprestado, alegando estar com problemas para acessar sua conta bancária. Não tendo suspeitado de nada inicialmente, a vítima tentou transferir a quantia para a conta indicada na conversa, não tendo obtido sucesso em razão da instituição bancária não ter permitido a conclusão da transação.
Logo após informar que não havia conseguido finalizar a transferência, recebeu de pronto uma segunda chave PIX, por meio da qual acabou conseguindo transferir a quantia solicitada.
Somente após o ato percebeu que a conta beneficiária era de titularidade de pessoa diversa de sua filha, bem como se certificado pessoalmente com aquela que não havia realizado qualquer pedido de dinheiro, quando teve certeza que havia caído em um golpe.
Durante a investigação, que contou com o compartilhamento de informações da polícia fluminense, foi possível identificar a atuação direta dos dois investigados no crime apurado, bem como verificar que já tinham passagens por tráfico ilícito de drogas e em outros golpes recentes – na modalidade do ‘falso intermediário’ em venda de automóveis –, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Bahia, com prejuízo total superior a R$ 50.000.
Os dois investigados seguem a disposição do Poder Judiciário amapaense e podem, caso condenados, ter de cumprir pena privativa de liberdade de 4 a 8 anos de reclusão.