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Adílio, ídolo do Flamengo, morre aos 68 anos

Ex-jogador estava em tratamento contra um câncer no pâncreas, internado em um hospital no Rio de Janeiro, e não resistiu

Adílio, ídolo do Flamengo, morreu aos 68 anos nesta segunda-feira, (05). A informação foi confirmada pela família do ex-jogador. Ele estava em tratamento contra um câncer no pâncreas, internado em um hospital na zona oeste do Rio de Janeiro, teve uma piora nas últimas semanas, e não resistiu.

Em março deste ano, Adílio teve de realizar uma cirurgia às pressas devido a dores na coluna. O procedimento foi bem-sucedido, o ex-atleta teve alta, mas voltou a se sentir mal.

Adílio jogou pelo Flamengo de 1975 a 1987, e se tornou um dos maiores ídolos da história do rubro-negro. Foi cinco vezes campeão do Campeonato Carioca, três do Brasileirão, além de ter conquistado uma Libertadores. Ele também fez parte do triunfo do Flamengo no Mundial de Clubes em 1981. Ao lado dele, jogaram outros dois ídolos, Zico e Andrade, formando uma das melhores gerações flamenguistas.

Ao longo da carreira, ele marcou 129 gols, em 617 partidas, sendo 377 vitórias, 148 empates e 92 derrotas. Com os números, o ídolo se tornou o terceiro atleta que mais vestiu a camisa rubro-negra na história.

Depois de pendurar as chuteiras, Adílio chegou a trabalhar como técnico nas equipes de base do Flamengo e foi tricampeão Carioca Sub-20.

Adílio nunca deixou o clube do coração de lado e, no aniversário de 68 anos, em maio deste ano, ele ganhou uma festa no museu do clube. Nas redes sociais, o Flamengo prestou uma homenagem ao ídolo e reforçou a importância do ex-meia.

Nota Rubro_Negra

Descanse em paz, Adílio!

Camisa 8 de uma Nação: Adílio de Oliveira Gonçalves ou simplesmente Adílio, o Brown, o orgulho da Cruzada São Sebastião, ou para o Flamengo, um símbolo do que é amar o Manto.

Técnico e decisivo, com seus dribles cheio de ginga e seus passes precisos, entrou na galeria dos grandes da história rubro-negra.

Chegou à Gávea, pulando o muro para jogar futebol de salão. Não havia obstáculos para realizar seus sonhos e cumprir sua missão de ser tornar ídolo e uma lenda no Mengão. Foi logo convidado a ficar e fez dali a sua casa.

Em uma geração histórica, com alguns dos maiores craques de todos os tempos do futebol brasileiro, Adílio se destacava e era decisivo: fez gol na vitória de 3 a 0 sobre o Liverpool, que deu o título Mundial ao Flamengo em 1981. Foi o melhor em campo e autor do gol do título na final do Brasileiro de 1983, no 3 a 0 contra o Santos.

Pelo Flamengo, foi cinco vezes campeão Carioca (1978-1979 Especial- 1979, 1981 e 1986), campeão da Taça Guanabara em 1980 (campeonato à parte do Carioca), três vezes campeão Brasileiro, Campeão da Libertadores da América (1981) e Mundial (1981). Fez 617 partidas e 129 gols. Também foi técnico das divisões de base entre 2003 e 2008, chegando a dirigir a equipe profissional por dois jogos em 2006.

Mais do que um ídolo, Adílio era parte da Nação e representou em campo e na vida o que é ser Flamengo. Todo rubro-negro tem o privilégio de poder reverenciar o “Brown” como integrante da prateleira mais alta do nosso panteão. Hoje, nos despedimos do nosso Camisa 8, mas para nossa sorte, assim como o traçado do número eternizado, Adílio é infinito.

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