Amapá pode perder parte de seu território; entenda
Imagens registradas em satélite revelam cenário preocupante
O aumento do nível dos oceanos é uma realidade preocupante que vem se tornando cada vez mais evidente nos últimos anos, e as consequências disso podem ser devastadoras para diversas regiões ao redor do mundo.
Uma recente pesquisa indica que um estado brasileiro, localizado no extremo Norte do país, pode ser um dos mais afetados por esse fenômeno.
O que dizem as previsões, afinal?
Segundo dados da NASA, o nível global do mar tem subido a uma média de 0,3 cm ao ano desde 1993, com um aumento ainda mais acelerado nos últimos anos.
Se as projeções se confirmarem, o Amapá poderá perder parte significativa de seu território para o avanço das águas do oceano.
Um estudo realizado pela Climate Central mostrou que o aquecimento global, causado principalmente pelas altas emissões de gases de efeito estufa, pode levar a um aumento da temperatura global de até 3 ºC. Isso teria como consequência a inundação de diversas áreas costeiras ao redor do mundo, incluindo as do Brasil.
As regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste do país estariam particularmente vulneráveis a esse aumento do nível do mar, mas é no Amapá que as projeções são mais alarmantes.
Até o final do século, áreas como a Reserva Biológica do Lago Piratuba e a Ilha de Maracá correm o risco de serem submersas, assim como a cidade de Oiapoque e partes da capital, Macapá.
Mudanças já são observadas na região
Imagens de satélite revelam que a dinâmica hidrológica na costa do Amapá passou por alterações significativas nas últimas décadas, com o rio Araguari mudando seu curso e a água doce se misturando com a água salgada do oceano de forma mais intensa e precoce a cada ano.
Os moradores das ilhas do arquipélago do Bailique têm percebido essas mudanças de perto, com a água do rio tornando-se cada vez mais salgada e avançando para o continente.
Essa alteração no equilíbrio hidrológico da região é um sinal preocupante do que está por vir caso medidas não sejam tomadas para mitigar os efeitos do aumento do nível do mar.
Perante um cenário como este, é urgente que governantes, cientistas e a sociedade como um todo se unam para combater as causas do aquecimento global e buscar soluções para proteger as áreas costeiras do Amapá e de todo o mundo.
Caso contrário, corremos o risco de perder não apenas parte do nosso território, mas também um patrimônio natural inestimável.