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Tragédia deixa hotéis vazios e causa rombo de R$ 150 mi no turismo da região de Gramado

Setor diz que apenas 2% da rede hoteleira estão ocupados e garante que há condições de receber novos visitantes nas próximas semanas

As cidades da Serra Gaúcha ainda contabilizam os estragos causados pelas fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. Mas um número já é certo para o setor de turismo local: o prejuízo com a ausência de visitantes somente neste mês deve ser entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões.

A ocupação hoteleira em cidades como GramadoCanela, Nova Petrópolis e São Francisco de Paula, costuma ser, em média, de 70% nesta época do ano, mas está em apenas 2%, afirma Claudio Souza, presidente do Sindtur Serra Gaúcha, entidade patronal que representa hotéis, pousadas, restaurantes, bares e similares.

“Para junho e julho, temos uma média histórica maior na ocupação. Esperamos retomar, com fluxo rodoviário e aéreo, para no mínimo 40% em junho e julho. […] Mas hoje o cenário não nos permite cravar números acima ou abaixo”, pontua.

Somente a cidade de Gramado recebe por ano 9 milhões de turistas. As chuvas históricas na Serra Gaúcha não apenas afugentaram os turistas, mas impediram a chegada deles, uma vez que estradas foram bloqueadas por quedas de barreiras, e o principal acesso para quem chega de avião, o aeroporto internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado desde 3 de maio devido a uma inundação.

As operações do terminal estão suspensas, pelo menos, até o fim deste mês. O setor turístico da Serra Gaúcha pede todo o apoio da Fraport, concessionária que administra o Salgado Filho, e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) “para restabelecer as operações, mesmo que parcialmente”, diz Souza.

Segundo o presidente, a retomada do tráfego aéreo “é fundamental” para que o movimento de turistas se restabeleça em algum patamar, ainda que muito abaixo de uma temporada normal. “Teremos perdas iguais ou maiores [ao mês de maio], mesmo retomando o fluxo”, lamenta.

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