Lira decreta luto de um dia na Câmara após morte de deputada Amália Barros
Parlamentar estava hospitalizada desde o dia 1º de maio, após ter sido submetida à retirada de um nódulo no pâncreas
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decretou neste domingo, (12) um dia de luto oficial em razão do falecimento da deputada federal Amália Barros (PL-MT). Dessa forma, a bandeira nacional instalada na Casa será hasteada em funeral, a meio-mastro.
A deputada Amália Barros morreu na madrugada deste domingo, (12), aos 39 anos. A morte da parlamentar foi confirmada por meio de uma nota de pesar publicada em suas redes sociais. Ela estava hospitalizada desde o dia 1º de maio, após ter sido submetida à retirada de um nódulo no pâncreas.
O ex-presidente Bolsonaro comentou a morte de Amália. “Deus, em sua infinita bondade, a receba e conforte seus familiares e amigos”, disse. Michelle Bolsonaro também publicou uma mensagem sobre o falecimento da deputada. “Vou te amar pra sempre, minha amiga. Você está nos braços do nosso Pai”.
O Partido Liberal ofereceu condolências à família e amigos de Amália e disse que “sua garra incansável e sua dedicação por melhorar a vida dos cidadãos serão para sempre lembradas”.
Quem era a deputa Amália Barros
Amália Barros era vice-presidente do PL Mulher e amiga próxima da ex-primera-dama Michelle Bolsonaro. Ela tinha 39 anos e era casada com o empresário e influenciador Thiago Boava.
A deputada foi eleita pelo Mato Grosso em 2022 com 70.294 votos. Na Câmara, passou pelas comissões da Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher, de Comunicação e da Educação.
Nascida em Mogi Mirim (SP), Amália perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos por conta de uma infecção, a toxoplasmose. Depois de 15 cirurgias, ela precisou remover o olho e usar uma prótese ocular em 2016.
Desde então, passou a adotar o gesto de colocar a mão cobrindo o lado esquerdo do rosto como marca registrada e também se tornou uma ativista pelos direitos das pessoas com visão monocular.
Em 2019, foi protocolado no Congresso Nacional um projeto de lei intitulado “Lei Amália Barros”. O PL conferia a portadores de visão monocular os mesmos direitos e benefícios das pessoas com deficiência. A política, que ainda não era deputada, trabalhou pela aprovação da proposta.
Aprovado na Câmara e no Senado, o texto foi sancionado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) em março de 2021 e alterou o Estatuto da Pessoa com Deficiência.