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Suspeitos de invadir sistema do governo tentaram movimentar R$ 9 milhões de ministério

Fontes na Polícia Federal, que investiga o episódio, afirmam sob reserva que parte dos recursos foi bloqueada

Os criminosos que invadiram o sistema responsável pelos pagamentos do governo federal, chamado de Siafi, tentaram movimentar R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. De acordo com a Polícia Federal, parte dos recursos foi bloqueada.

Os ataques teriam acontecido há cerca de duas semanas e direcionados à área de autenticação do sistema integrado de administração financeira da Secretaria do Tesouro do Ministério da Fazenda. A pasta, chefiada por Fernando Haddad, identificou um ataque de ransomware à rede interna e medidas de contenção foram imediatamente aplicadas.

O ransomware é um tipo de software malicioso utilizado por cibercriminosos para infectar um computador ou uma rede, bloqueando o acesso ao sistema e criptografando os dados. Os efeitos da ação criminosa estão sendo avaliados pelos especialistas do governo.

A Polícia Federal abriu uma investigação sobre o caso. Os criminosos atuaram em ataques direcionados ao sistema de entrada de usuários autorizados a realizar pagamentos. Com as credenciais verdadeiras, eles teriam inserido ordens de pagamento e desviado recursos públicos.

Um dos pagamentos teria sido feito com o login roubado de um gestor da Câmara dos Deputados, via Pix, o mesmo usuário que teria gerado a chamada ordem de serviço. Na instituição, os pagamentos sequer poderiam ocorrer na modalidade. Também não poderiam ser realizados pelo mesmo CPF de quem gerou a ordem.

A investigação corre em sigilo e conta com o apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Os suspeitos teriam desviado recursos públicos da União, sendo R$ 9 milhões apenas dos cofres do ministério comandado por Esther Dweck.

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