Operação ‘Aleteia’ desarticula grupos criminosos que aplicavam golpes de dentro do Iapen
Mais de 30 pessoas foram vítimas de estelionato eletrônico executado por grupos criminosos de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). O grande esquema foi desarticulado pela Polícia Civil durante a operação “Aleteia”. 18 procurados foram presos em vários municípios do estado.
Segundo a Polícia Civil, foram identificadas várias estratégias de aplicação dos golpes:
- Utilização de identidade falsa: de dentro do presídio, os criminosos se passavam por policiais militares do estado do Amazonas, usavam chips de telefone descartáveis, e criavam perfis falsos nas redes sociais para enganar as vítimas;
- Prática do crime de extorsão na modalidade “sextorsão”: criminosos faziam ameaças de divulgação de fotos e vídeos íntimos;
- Aplicação do golpe do “PIX reverso”: os criminosos criavam um comprovante de PIX falso com dados da vítima destinatária e alegavam que haviam enviado uma transferência por engano. Em seguida, entravam em contato pedindo o dinheiro de volta, valor que nunca havia sido depositado;
- Compra de produtos na internet: as vítimas anunciavam produtos na internet para venda e os criminosos as chamava para conversar no WhatsApp. Eles alegavam compromisso e mandavam motoristas de aplicativo, que também eram vítimas, para fazer o recebimento.
Segundo a Polícia Civil, a operação é um marco no combate ao estelionato eletrônico no Amapá. Durante a operação, foram expedidos 24 mandados de prisão preventiva, 10 pedidos de busca e apreensão, 4 de afastamento de sigilo telemático, e o bloqueio de 26 contas bancárias.
As buscas resultaram na desarticulação financeira e operacional de diversos agentes criminosos, com destaque para a prisão de chefes do esquema. Dentro do Iapen foram apreendidos celulares e 500 gramas de maconha.
“As buscas e apreensões foram realizadas dentro do Iapen, nós contamos com a ajuda dos policiais penais. Nós também contamos com ajuda de outras delegacias, que foi fundamental. Das 24 pessoas com mandados de prisão, ainda faltam 6 serem capturadas”, informou o delegado Raphael Paulino, que acompanha o caso.
A operação envolveu o Núcleo de Operações e Inteligência (NOI), a Delegacia de Polícia de Porto Grande, a Delegacia de Polícia de Itaubal do Piririm, a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP)e a Polícia Penal.