De repente, o adeus…
De repente, a última nota
De repente, a última estrofe
De repente, o palco se esvazia
De repente, as luzes se apagam
De repente, as cortinas se fecham
De repente, é hora de encerrar o show
As mãos que outrora aplaudiam, agora se unem em oração
As bocas que outrora cantavam sucessos, agora entoam hinos e louvores
As pernas que bailavam ao ritmo frenético das canções, agora tremulam de dor
O sorriso deu lugar ao choro
O rosto maquiado deu lugar ao semblante cinza…pálido
Os olhos que vislumbravam a beleza no palco agora liberam rios de lágrimas
De repente, o mundo parou…..
A menina (Danielle) que um dia cantarolava pelas ruas de madeira da sua ‘ponte-natal’, chamada de Afuá, ganhou asas, ficou gigante e precisou se mudar para um universo muito maior.
Ela escolheu o Amapá para espalhar carisma e a potencialidade musical que alavancou sua carreira.
Não se sabe ao certo o que se passava na cabeça daquela menina simples, de família humilde e trabalhadora, quando subia aos agora palcos gigantes da nova vida, bem diferentes daquele pequeno, mas aconchegante ‘coreto’, localizado no meio da praça da igreja de Nossa Senhora da Conceição, na cidade afuaense, onde emitiu os primeiros acordes vocais durante os shows de calouros.
Danielle se tornou em solo amapaense ‘Dani Furacão’. Depois, a composição de Osmar Júnior, intitulada ‘Eu sou da Amazônia’, que se tornaria um hino dos amazônidas, deu origem ao nome, artístico definitivo: Dani Li.
É, a Danielle, de Afuá, se tornou a Dani do Amapá, do Pará, do Norte, do Brasil.
Em qualquer lugar desse torrão que formos e fecharmos os olhos vamos te ver cantando, de forma emocionante:
“Quando eu disser que estou partindo
Você pode acreditar
Que o meu coração navega nos rios
Que a minha canção, voa por aqui . . .”
Sua canção sempre será presente em nossas vidas, assim como as lembranças da mulher fantástica que você foi e que permanecerá viva em nossos corações.
(Elden Carlos, ou, simplesmente, seu amigo, Macarrão)