Após visitar 24 países em 2023, Lula deve focar agenda de 2024 em viagens pelo Brasil, eleições e PAC
Levantamento aponta que presidente esteve 75 dias fora do país durante as viagens internacionais no ano passado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve diminuir o ritmo de agendas internacionais e participar mais em compromissos pelo Brasil em 2024. Neste ano, o petista visitou 24 países, tendo permanecido 75 dias fora do Brasil. Para o próximo ano, o foco estará nas eleições municipais e nas entregas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Lula pretende ir à Etiópia para participar da cúpula da União Africana em fevereiro próximo. O intuito é emendar a viagem com visitas em outros países da região. O roteiro ainda está sendo gestado. O presidente também quer ir para a conferência da Comunidade dos Países Caribenhos (Caricom), na Guiana.
Lula deu largada à campanha eleitoral das eleições de 2024 ainda no ano passado. Integrantes do partido e o próprio presidente avaliam que a disputa do próximo ano será polarizada mais uma vez entre o atual mandatário e o ex-presidente Jair Bolsonaro, com seus respectivos candidatos locais.
Segundo o senador Humberto Costa, coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT, o maior objetivo da legenda é aumentar de forma substancial o número de prefeituras comandadas pelo partido. “Embora não tenhamos definido uma meta numérica, vamos procurar um melhor resultado do que nas últimas eleições”, disse o titular.
A sigla vai lançar candidato próprio em ao menos 13 capitais do país. Até o momento, estão definidas candidaturas para Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Aracaju (SE), Maceió (AL), Natal (RN) e Teresina (PI).
O PT não deve ter candidatos nas duas maiores cidades do país – São Paulo e Rio de Janeiro -, onde deve fazer alianças com outros partidos nesses locais. A legenda está disposta a fazer alianças com vistas às eleições de 2024. Entre os partidos cogitados, estão Rede, PSOL, PCdoB, PV, PSB, MDB, PDT e até mesmo o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse último caso, porém, vai depender da trajetória do candidato, segundo o coordenador do grupo de trabalho eleitoral.