Política Nacional

Em posse, Paulo Gonet diz que é preciso “reviver na instituição os altos valores constitucionais”

Para o novo procurador-geral da República, a defesa constante dos direitos inerentes à dignidade deve ser intransigente

O novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou nesta segunda-feira (18) que o Ministério Público vai buscar agir sem palco nem holofotes e que o órgão deve ser inabalável.

“O Ministério Público vive um momento crucial na cronologia da nossa República democrática. O instante é de reviver na instituição os altos valores constitucionais que inspiraram a sua concepção única na história e no direito comparado”, afirmou.

Para Gonet, a defesa constante dos direitos inerentes à dignidade deve ser nosso norte intransigente. Segundo ele, há um passado a resgatar, um presente a dedicar e um futuro a preparar.

“Nos limites de nossa atuação, havemos de estar atentos aos que não acham espaço de proteção na política, nem no interesse jornalístico. Esses que estão invisivelmente ao nosso lado são os que mais reclamam o direito de agir. Não há respeito pleno da dignidade sem que reconheçamos a responsabilidade de cada qual. Seremos os primeiros a mostrar nossos compromissos com o direito de todos, mesmo do mais censurável malfeitor”, disse. 

Gonet tomou posse nesta segunda-feira, para substituir Augusto Aras no comando da PGR, e será o 44º a assumir o cargo, que consiste, entre outras prioridades, em propor investigações e denúncias contra autoridades com foro privilegiado.

Na sabatina, Gonet afirmou que “toda uma vida dedicada ao direito inspirou a necessidade do olhar técnico sobre temas delicados da convivência social e política”.

Gonet atuou como vice-procurador-geral eleitoral e foi responsável por elaborar o parecer do Ministério Público para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarasse a inelegibilidade de Jair Bolsonaro pela conduta do ex-presidente em encontro com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.

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