Eleições de 2022 vão definir os próximos representantes do país, além de governadores, senadores e parlamentares, federais e estaduais
As eleições de 2022 vão definir os próximos representantes do país, além de governadores, senadores e parlamentares, federais e estaduais. O primeiro turno acontece neste domingo (2). Na votação, os eleitores vão utilizar a urna eletrônica, usada pela primeira vez no Brasil em 1996. Desde então, o equipamento passa por atualizações.
O programa usado para a votação na urna foi desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o hardware, a parte física do equipamento, é comprado pela Justiça Eleitoral por meio de um processo de licitação.
Os aparelhos são enviados para a Justiça Eleitoral de cada estado e passam por uma série de processos e testes preventivos com objetivo de garantir o funcionamento perfeito.
Domingos Savio de Souza, responsável pela seção de votos no TSE, disse que às vezes há reclamações em torno de falhas de mecânica ou eletrônica. “Mas elas são muito poucas, entre 0,3%, 0,5%, 1% dentro do número total de urnas. Então são mínimas”, afirmou.
Como funciona a urna eletrônica
A urna eletrônica conta com três cartões de memória que guardam informações dos candidatos e eleitores.
Um deles fica dentro da urna, outro é utilizado para transmitir os dados da seção para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e o terceiro é uma garantia para qualquer falha no primeiro chip.
“Todo o processo de acompanhamento de gestão das urnas é acompanhado pelo promotor e pelo juiz de direito”, disse Daniel do Nascimento Brito, promotor de justiça do Mato Grosso do Sul.
O membro da comissão de segurança do TRE-MS, Sérgio Roberto da Silva, explicou que a urna não é conectada à internet ou não possui qualquer conexão via Bluetooth. “Não tem como acessar esses dados de alguma forma”, disse.
A emissão da chamada “zerésima”, uma impressão feita assim que a urna chega aos locais de votação, garante que não há nenhum voto computado nela. No ano de 2022, os locais de votação contarão com uma impressão da “zerésima” disponível ao público.
Computação dos votos
No momento final da votação, os dados de cada eleitor, bem como em quem ele votou, são transformados em criptografia – um código embaralhado que não permite a identificação de “quem votou em quem”.
Cinco versões do boletim de urna, emitido no final da votação, contém os dados da quantidade que cada candidato obteve. Uma fica com os mesários, uma é colada na parte da seção, outras vias ficam também com fiscais de partidos políticos.
As informações também são gravadas no cartão de memória dentro da urna. Os arquivos e o dispositivo são levados para o órgão da Justiça Eleitoral, e os dados são transmitidos para o sistema do TSE.
Por conta das dimensões do Brasil, a logística de transmissão de dados é diferente em cada local. As informações dos Tribunais Regionais Eleitorais chegam a um supercomputador dentro de uma sala cofre no TSE, onde há uma equipe de técnicos que garantem o funcionamento do sistema.