Adolescente amapaense integra grupo de apoio ao nazismo, racismo e outros crimes de ódio, diz delegada
Adolescente, de 17 anos, residente no Amapá, integra um grupo transnacional que venera e trata de assuntos relacionados ao nazismo, racismo, mensagens xenofóbicas e homofóbicas.
A Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais (DEIAI), concluiu investigação solicitada pela equipe do Cibber Lab do Ministério da Justiça e Segurança Pública. De acordo com a delegada Daniella Graça, a investigação buscou identificar indivíduos que faziam o uso indevido de plataforma existente para comunicação individual ou em grupo, que permite o envio de mensagens de texto, bem como a possibilidade de criação de chamadas de vídeo entre os participantes de um grupo da rede social, denominada Discord. Os integrantes desse grupo veneravam e tratavam de assuntos relacionados a temas como apoio ao nazismo, racismo, mensagens xenofóbicas e homofóbicas.
“Esse grupo na plataforma Discord foi detectado pelo HSI (Homeland Security Investigations) da embaixada americana no Brasil, que é um braço investigativo de segurança interna dos Estados Unidos e tem a investigação de crimes e ameaças transnacionais como principal atribuição. Entre os integrantes do referido grupo, depois de quebras de dados telemáticos realizados pela equipe de inteligência da DEIAI, um adolescente de 17 anos, residente em Macapá, foi identificado e devidamente responsabilizado”, explicou a delegada.
O adolescente confessou ser um dos autores de algumas postagens e, como consequência dos seus atos, teve procedimento policial instaurado contra si pela prática dos atos infracionais análogos aos crimes previstos no artigo 20, §1º e §2º, da Lei n° 7.716/89.
“Devemos lembrar aos nossos jovens que a sociedade não tolera qualquer forma de discriminação, como: racismo, apoio ao nazismo, xenofobia, homofobia e etc. e que atos como esses, são criminosos. A Polícia Civil trabalha com inteligência e a nossa equipe trabalha diuturnamente para identificar quem pratica atos infracionais. Os ambientes virtuais são monitorados, a exemplo desse caso, e os responsáveis por fatos dessa natureza, serão identificados e responsabilizados”, ressaltou a titular da DEIAI.