Dupla presa com pistola e carro roubado diz ter cometido 10 execuções no Amapá
Homens foram presos em Santana. A Coordenadoria de Inteligência e Operações (CIOP) teria descoberto um plano dos suspeitos para executar um desafeto.
Elden Carlos / Editor
Dois homens identificados como Mayco de Vilhena Maciel, de 20 anos, o ‘MD’, e Carlos Henrique Façanha Lima, de 18 anos, foram presos no final da tarde de segunda-feira (30) no município de Santana, distante 17 quilômetros da capital, durante uma ação da 1ª Delegacia de Polícia Civil com apoio do Grupo Tático Aéreo (GTA).
De acordo com o delegado Mauro Ramos, as prisões ocorreram após um monitoramento realizado pela Coordenadoria de Inteligência e Operações (CIOP), que revelou o plano da dupla de executar um desafeto em frente ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Mayco Vilhena foi preso com uma pistola calibre Ponto 40 no bairro Igarapé da Fortaleza. Carlos Henrique foi localizado em um condomínio às margens da rodovia Duca Serra. Com ele a polícia apreendeu cerca de R$ 800 em espécie, munições e um carro sem placa. O veículo teria sido roubado recentemente de uma residência localizada na AP-440 e vinha sendo utilizado para prática de crimes pela dupla.
Ainda de acordo com o delegado Ramos, ambos não tinham passagem pela polícia, mas MD – durante depoimento – declarou que era integrante de uma organização criminosa, e que desde o ano passado, quando ingressou no grupo, já teria cometido nove execuções. Ele afirmou, inclusive, que não conhecia as vítimas, e que apenas as identificava por meio de fotos.
Ainda segundo MD, na segunda-feira ele iria cometer seu décimo assassinato em frente ao presídio estadual, mas não revelou quem seria o alvo. Apenas disse que a ordem para execução partiu de uma das lideranças da facção. Carlos Henrique daria o apoio logístico no crime. O segundo suspeito também garantiu que já cometeu um homicídio.
A autoridade policial relatou que as declarações serão apuradas em inquérito, e que todos os levantamentos necessários já estão sendo realizados para confirmar, ou não, se os crimes narrados pelos suspeitos procedem.