CARTA ABERTA DA FAMÍLIA DO CAPITÃO JOAQUIM PEREIRA DA SILVA À SOCIEDADE AMAPAENSE
Há momentos de falar e há momentos de calar…
Como família do Senhor Joaquim, entendemos, com muita clareza, o quanto o ocorrido no dia 24 de fevereiro de 2022 destroçou não somente uma família, mas duas famílias, pois em ambos os lados há mães, pais, filhos, netos, sobrinhos, e amigos que sofrem com a fatalidade ocorrida naquele trágico dia.
Nossa família, conhecedora da história de vida, da índole e da integridade do Joaquim, optou por ficar em silêncio todo este tempo por respeito à dor que essa fatalidade causou à família do Kleber. Desde o acontecido, nunca rebatemos as difamações, as críticas, ofensas e o desrespeito com ele e com nossa família, mesmo quando envolveram os netos do Joaquim. Nós acreditamos na inocência dele, pois sabemos que sua conduta foi para defender sua própria vida.
Sem qualquer tipo de interferência ou objeção, aguardamos as autoridades constituídas concluírem as investigações necessárias para o esclarecimento dos fatos e respeitamos o devido processo legal. Nosso silêncio, sempre foi uma forma de demonstração de respeito, uma vez que vivemos os princípios cristãos, os quais sempre guiaram a conduta de nossa família.
Temos, também, convicção que a divulgação do resultado das investigações feitas, à época, pelas autoridades competentes, não foram amplamente difundidas e repercutindo nos meus de comunicação social. No entanto, chega um momento em que se torna muito difícil permanecer no silêncio diante de um desrespeito sem limites e de inúmeras inverdades propagadas em redes sociais e canais de comunicação por parte de alguns.
Depois de toda uma campanha difamatória, chegou o momento de falarmos.
Somos uma família composta de uma mãe oriunda da zona rural de Macapá que, junto a nosso pai (in memoriam) teve dez filhos, dos quais seis são policiais, sendo quatro da Polícia Militar, um da Polícia Civil e um do Corpo de Bombeiros. Isso sempre foi motivo de orgulho, pois contribuímos sobremaneira para a segurança pública do Amapá desde os tempos do Território.
Joaquim é o terceiro filho desta família e é pai de quatro filhos e avô de dois netos. Os filhos, educou de maneira exemplar tornando-os um funcionário público federal, uma policial militar, um engenheiro civil e uma médica. Trabalhou na PM/AP por 33 anos e fez diversos cursos ao longo da carreira, seja na área operacional ou na vertente dos projetos sociais, sempre voltados para proporcionar o bem para a comunidade. Por 11 anos, trabalhou no Batalhão de Operações Especiais – BOPE e sempre foi reconhecido como um profissional exemplar, com sede de novos conhecimentos, sempre se preparando para cumprir a missão institucional da polícia Militar. Estes atributos lhe renderam diversas condecorações ao longo da carreira, além de inúmeros elogios e medalhas de méritos operacionais no combate à criminalidade.
No fatídico dia, a partir da conclusão do inquérito é perceptível que Joaquim agiu por legítima defesa. As provas são demonstradas de maneira inequívoca e a decisão judicial reconhecerá a improcedente acusação feita a Joaquim. Ele reagiu ao ter sua vida ameaçada por alguém que portava uma arma de fogo. Não houve em nenhum momento uma discussão no trânsito como alguns sustentam. Ele simplesmente se protegeu pois como agente de segurança pública, esta alerta é uma premissa básica, ensinada à corporação. Após os disparos dados com os veículos em movimento, ele desceu do seu carro para se proteger, como preconiza o treinamento militar, pois estava em risco de vida. Não houve em nenhum momento uma briga de trânsito como alguns supunham e afirmam levianamente.
Por fim, nós da família do Joaquim, pedimos respeito e clamamos também por uma Justiça imparcial onde a verdade dos fatos não seja tão somente propalada, mas, sobretudo, comprovada e que se cumpra verdadeira e justamente a Lei!
Respeitosamente,
Família Pereira da Silva