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Golpe do ‘nudes’ era comandado de dentro do Iapen, revela polícia durante operação

Operação ‘Engano’ foi deflagrada nesta terça-feira (26) pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Amapá (FICCO)

Elden Carlos / Editor

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Amapá (FICCO), cumpriu três mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (26), em Macapá, durante a operação ‘Enganado’, que investiga uma organização criminosa especializada em golpes pela internet e consequente extorsão das vítimas. Uma ordem judicial foi cumprida no bairro Brasil Novo, zona norte da capital, e outras duas no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

Segundo a Polícia Federal (PF), que integra a Força Integrada, a ação desta terça-feira é um desdobramento da operação ‘Illusio’, deflagrada em maio deste ano, onde foi apurado que golpistas realizavam extorsões se passando por uma adolescente ou mulher e entravam em contato com as vítimas previamente identificadas. Após trocas de imagens de teor sexual, exigiam depósitos e transferências bancárias. Os envolvidos chegavam a se passar por policiais civis e até parentes de supostas vítimas.

O levantamento de dados e cruzamentos de informações revelaram, ainda, que dois internos do Iapen eram os responsáveis por realizar os golpes. Para isso, eles criavam perfis falsos com imagens de mulheres (adolescentes) para atrair as vítimas. A partir dos contatos havia a troca de imagens de conteúdo sexual (nudes). De posse dessas conversas e imagens das vítimas, os criminosos montavam o ‘teatro’ com personagens fictícios e faziam parecer às vítimas se tratar de familiares das supostas menores e até mesmo de policiais civis. Com isso, exigiam o pagamento em dinheiro para que a falsa denúncia não ocorresse. Os cenários montados pelos criminosos tinham, inclusive, o brasão da Polícia Civil e bandeira do Estado do Amapá.

Além do crime de extorsão, foi identificado que os internos praticavam tráfico de drogas de dentro do Iapen. Para isso, os faccionados contavam com auxílio de comparsas do lado de fora dos muros do presídio. Os investigados poderão responder pelos crimes de extorsão e tráfico de drogas. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 25 anos de prisão, além do pagamento de multa.

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