A Polícia Civil do Estado do Amapá, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DR-CCIBER), indiciou um indivíduo pela prática de delito do Estatuto da Criança e do Adolescente, de agenciar, facilitar, recrutar, coagir, ou de qualquer modo intermediar a participação de criança ou adolescente em cenas de sexo explícito ou pornográfica.
Os pais da vítima, uma adolescente de 15 anos, tomaram conhecimento de que ela estaria trocando mensagens em redes sociais, com um indivíduo maior de idade.
“Tudo teria começado no Instagram e evoluído para o WhatsApp. Nas mensagens a vítima era instigada a enviar fotos e produzir vídeos pornográficos. A vítima nunca escondeu sua idade do agressor. Ele possuía 40 anos à época dos fatos e afirmou a ela que isso não seria um problema, pois era comum entre seus familiares namorarem meninas com 11 ou 12 anos de idade. O indiciado iniciou o contato de uma forma carinhosa e emotiva, levando a vítima a crer que teriam um relacionamento. Contudo, poucos dias depois já solicitou o conteúdo íntimo. Para convencer a vítima dizia que ela era sua namorada, futura esposa e mãe de seus filhos, manipulando-a emocionalmente. Usou ainda o quadro de ansiedade e depressão da menor para receber o conteúdo explícito”, explicou a delegada Áurea Uchoa.
O indiciado reside em Minas Gerais e iniciou o contato com a vítima em novembro do ano passado. A família da adolescente descobriu as conversas apenas em fevereiro do ano corrente.
O delegada alertou, que o intuito dessa divulgação é para que pais e responsáveis por crianças e adolescentes fiquem atentos ao que eles têm acesso em redes sociais, na internet em geral. E ao menor sinal de alguma situação suspeita, procurar as autoridades policiais.