Contrato assinado por novos facionados tinha até cláusula de pena de morte. Líderes do esquema estão presos no Iapen
Elden Carlos / Editor
A Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva na manhã desta terça-feira (4) durante a operação ‘Rebeldia’, que investiga a célula de uma organização criminosa responsável pelo gerenciamento das redes sociais do grupo criminoso.
Segundo a Polícia Federal (PF), que integra a Força Tarefa, esse núcleo era responsável pelo auxílio na tomada de decisões e instalação de um estado paralelo em áreas dominadas pela facção.
As ordens judiciais foram cumpridas nos bairros Congós – em Macapá – e Provedor II, em Santana, além do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). No levantamento das informações foi identificado que uma liderança – que cumpre pena pelo crime de roubo no regime domiciliar – atuava como chefe de ‘recursos humanos’ da organização, sendo responsável pelo cadastramento de novos faccionados.
Esse homem, que não teve o nome divulgado, entregava aos ‘novatos’ um formulário onde constavam as regras da facção. Em uma das ‘cláusulas’ do contrato, estava descrito a sentença de morte para quem descumprisse o estatuto ou traísse a organização.
Outras duas lideranças que estão reclusas no Iapen eram responsáveis pela determinação das ordens para cometimento de crimes violentos na Região Metropolitana. Eles também indicavam que seriam o ‘frente’ da organização nos municípios.
A investigação também apurou que um dos alvos da operação determinou a punição de moradores de uma área dominada pelos criminosos. Essas pessoas teriam descumprido as ordens dos faccionados. A partir das prisões e apreensão de materiais como mídias deve haver desdobramento da operação. Os investigados poderão ser condenados a 8 anos de prisão pelo crime de integrar organização criminosa.