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Programa de descontos para carros pode ter venda liberada a empresas

Exclusividade para pessoas físicas acaba nesta terça; com a entrada de pessoas jurídicas, recursos devem acabar mais rápidoFiat Mobi é um dos carros com maior desconto, que é de R$ 8 mil

O casal Fernanda Castro, 40 anos, e Flávio Castro, 43, entrou em uma concessionária Fiat de São Paulo em busca de um novo carro. “Queremos aproveitar os descontos do governo”, disseram.

Quem, como eles, pretende adquirir um novo veículo com preço menor, precisa se apressar: a última chance de fazer essa compra pode ser nesta terça-feira (20).

O motivo é que nessa data se encerra a exclusividade de venda dos carros com os ‘descontos patrocinados’ para pessoas físicas. O prazo pode ser prorrogado. Ou seja, a partir de quarta-feira (21), empresas também poderão comprar os automóveis mais baratos, o que deve fazer o montante de R$ 500 milhões terminar mais rapidamente.

Esse é o valor máximo de isenção tributária que será revertida em descontos para a compra de veículos considerados populares, conforme estabelece a medida provisória que implementou o programa.

Segundo agentes do mercado procurados pela reportagem, as compras de pessoas jurídicas devem acabar com a cota de isenção tributária “em, no máximo, 10 dias”.

A estimativa é de Eduardo Dexter e Márcio Chadi, gerentes da Fiat. Para eles, o movimento mais intenso de compras deve ser feito, principalmente, por locadoras de carros. Um gerente de concessionária da Renault não quis se manifestar sobre o assunto.

  • Entenda o limite

O balanço, divulgado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), mostra que já foram consumidos 64% dos recursos disponíveis para os descontos do programa de incentivo à compra de carros populares zero-quilômetro.

Segundo o governo, em menos de duas semanas após o lançamento da medida, as montadoras de automóveis já solicitaram R$ 320 milhões em créditos tributários. Quando o total de descontos atingir R$ 500 milhões, encerra-se a venda de carros com as condições especiais.

Para as empresas do setor automobilístico, a cota não é suficiente para atender à demanda do mercado. Pode ser por isso que, em live, o presidente Lula da Silva tenha projetado uma duração de cerca de um mês para o programa.

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