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Oneide Bastos é premiada em duas categorias na 7ª Edição do Prêmio Profissionais da Música 2023

O prêmio é feito para os profissionais da música de todo o país, com o propósito da valorização de toda a cadeia criativa e produtiva da música

Gilvana Santos / Jornalista

A cantora paraense radicada no Amapá, Oneide Bastos, a Rainha da Música da Amazônia, foi vencedora do Prêmio Profissionais da Música 2023, em duas categorias: Artista Cultura Popular e melhor Cantora do Norte. A premiação da 7ª edição foi realizada no dia 3 de junho, no Museu da República, Setor Cultural Sul, em Brasília-DF.

Oneide Bastos agradeceu a todos que acreditaram no seu trabalho e que a incentivaram a participar. “É um prazer muito grande estar aqui participando desse projeto maravilhoso”, manifestou.

No evento deste ano, que voltou a ser presencial pela primeira vez após a pandemia do novo coronavirus, a cantora do Amapá participou com vários artistas brasileiros da programação realizada no período de 1 a 4 de junho na capital Federal. No total, esta edição teve 2.149 inscritos que concorrem em 176 categorias, informaram os organizadores, tendo à frente Gustavo Vasconcellos, idealizador do Prêmio Profissionais da Música.

Gustavo reforça que o PPM é feito para os profissionais da música de todo o país, com o propósito da valorização de toda a cadeia criativa e produtiva da música, desde os bastidores, passando pela obra em si, até sua distribuição.

“E esses profissionais não estarão presentes apenas na plateia e no palco recebendo troféus, mas compartilhando seus conhecimentos e talentos na programação composta de palestras, painéis, workshops, gravação de podcasts, workshows, feira literária, LAB PPM, além do Festival A Parada da Música. É um congraçamento, como costumo dizer, de todos, com todos e para todos”, explica.

  • Oneide Bastos

Há cinco décadas, cantora conhecida pela classe artística como a Rainha da Música da Amazônia, lançou disco que exalta a cultura do Amapá, produzido por Dante Ozzetti. “E no meu rio / Rio de pedra navego / Meu barco voa sem vela / Rio e navego sozinha”, é com esses versos de Pedra de Rio (Luhli, Lucina), que Oneide Bastos abre seu disco, homônimo, que conta através da música, a cultura da região amazônica, e acima de tudo, a sua própria história.

Nascida na década de 40, na Ilha dos Porcos, na região do Afuá, no Pará, num braço do Rio Amazonas, Oneide conta que veio ao mundo tão pequena que cabia em uma mão do pai, que desacreditava que ela sobreviveria. Hoje, sem revelar a idade, ela prova que seu tamanho não foi empecilho em nenhuma fase de sua vida, nem para se tornar uma das principais cantoras do Amapá, estado que a acolheu ainda criança e também onde ela formou uma família. Ao lado do marido Sena Bastos, seu grande incentivador, e dos seis filhos, sendo cinco artistas, dentre eles a também premiada cantora Patrícia Bastos e o compositor e musicista Paulinho Bastos.

Oneide cantava desde muito cedo, mas profissionalmente, sua carreira artística teve início nos anos 70, no grupo “Seono”, produzido pelo companheiro. Ajudou a fundar o “Trio da Terra” e também integrou o “Quarteto Clave de Sol”. Em 1994, lançou o primeiro disco solo, “Mururé”, que recebeu elogios de crítica e público por sua rica mistura de ritmos amazônicos. Em 2013, veio o segundo álbum solo da artista, intitulado Quando Bate o Tambor.

Informações: https://ppm.art.br/

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