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Criminosos que usavam ‘nudes’ para extorquir vítimas são alvos de operação no Amapá

Vítimas eram abordadas em redes sociais por criminosos que se passavam por meninas jovens através de perfis falsos, e que posteriormente pediam ‘nudes’ às vítimas, iniciando a extorsão

Elden Carlos / Editor

A Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (19) durante a operação ‘Illusio”, que investiga uma organização criminosa responsável pela prática do crime de extorsão de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde uma das ordens judiciais foi cumprida em uma cela do Pavilhão F1. Os outros mandados foram cumpridos nos bairros Congós e Jardim Felicidade. Segundo a Polícia Federal (PF), as investigações iniciaram a partir de uma revista no Iapen, realizada no dia 3 de junho do ano passado.

A partir do material apreendido na revista, foi possível identificar o grupo. Os criminosos usavam perfis falsos de mulheres jovens em uma rede social. Com isso, realizavam contato com potenciais vítimas e iniciavam as conversas.

A partir do momento em que iniciavam essa troca de mensagens, os criminosos – através do perfil falso – passavam a enviar fotos de conteúdo sexual, como se fossem de meninas que supostamente estariam conversando com as vítimas. Ainda segundo a polícia, ao mesmo tempo eram solicitadas pelos golpistas que as vítimas (homens) também lhes enviassem fotos íntimas.

Quando recebiam os ‘nudes’, os criminosos entravam na segunda fase do plano. Se passando por policiais civis, eles entravam em contato com as vítimas e diziam que as supostas garotas eram menores de idade e que abririam uma investigação, mas que o caso poderia ser resolvido se a vítima lhes desse dinheiro, caracterizando a extorsão.

Foi possível identificar ainda que o mesmo aparelho celular foi compartilhado entre vários presos do mesmo pavilhão, que usavam nomes falsos para o contato com as vítimas. Os nomes dos alvos da operação não foram divulgados. Durante as buscas no Iapen foram apreendidos três aparelhos celulares na cela do investigado.

Os criminosos poderão responder pelos crimes de extorsão e associação criminosa. Se condenados, poderão pegar uma pena de até 13 anos de prisão e pagamento de multa.

Durante as buscas os policiais localizaram cerca de R$ 250 mil, em espécie, que seria de um dos alvos da operação. O dinheiro estava em um imóvel localizado no bairro Novo Buritizal.

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