Forças de Segurança destacam ações da operação “Bessa” na Equinócio FM (99,1)
Da Redação
Uma ação integrada entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a Polícia Civil e o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), com apoio da Polícia Militar (PM-AP), deflagraram na manhã desta quarta-feira, 29, a “Operação Bessa’ para enfrentamento a grupos criminosos no Amapá.
Em entrevista ao programa “Fogo Cruzado”, transmitido pela Rádio Equinócio FM (99,1), o delegado-geral da Polícia Civil, César Augusto e o secretário-adjunto de Segurança Pública, Paulo Reyner relataram os fatos da operação, cumprimento de mandados e apreensão de material ilícito.
“Estamos aqui para prestar contas à sociedade dos serviços que realizamos em toda a capital, e dar uma resposta imediata à criminalidade que em determinado momento está aumentando, mas as Forças de Segurança Pública está atenta com ações articuladas no enfrentamento ao crime organizado”, disse Paulo Reyner.
“Estamos numa nova linha de enfrentamento, com nova tecnologia de trabalho, em integração das Forças de Segurança Pública, com uma atividade dinâmica no combate da criminalidade, articulando de forma inteligente, fazendo acontecer aquilo que realmente a população espera”, resumiu o delegado César.
De acordo com Paulo Reyner, a estratégia estava sendo organizada desde o mês de novembro do ano passado e partiu das investigações da Coordenadoria de Inteligência de Operações da secretaria e da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas da Polícia Civil.
“Percebemos um aumento do número de homicídios no Estado – (novembro/2022 até hoje) – e com isso, desenvolvemos uma ação integrada visando a diminuição desses índices, principalmente os índices da criminalidade na capital. Houve um aumento dessa criminalidade em razão do óbito de um líder de organização, onde desencadeou guerra entre facções. Com o mapeamento desses crimes e visando a pacificação social, as Forças de Segurança num esforço conjunto da Inteligência na identificação de autores e eventuais mandantes. Todos somos sabedores que esses líderes se encontram no Iapen (base criminal), e com o mapeamento desse grupo, foi identificado alvos”, destacou Reyner.
Durante a operação deflagrada, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, com 13 prisões em flagrante, apreensão de 7 armas de fogo, 95 munições de diversos calibres, quantia em dinheiro no valor de R$ 3,1 mil, além de 26 porções de cocaína, 2 de maconha, 43 de crack e várias anotações financeiras, que servirão de suporte de base para que essas organizações criminosas sejam “asfixiadas” financeiramente.
A ação contou com 150 agentes de segurança e aconteceu em vários bairros de Macapá e dentro do Iapen, com revista nos pavilhões. Também houve a apreensão de 8 celulares e de materiais usados para o embalo e comercialização dos entorpecentes. Todas as apreensões, segundo a Sejusp, serão utilizadas em investigações futuras para que novas intervenções sejam feitas contra as ações criminosas no Estado.
“Nosso objetivo principal foi a busca pela materialidade das condutas dos homicídios que vem ocorrendo desde o mês de novembro e com o deferimento desses mandados através do trabalho da Draco da Polícia Civil começaremos a destrinchar a autoria e materialidade dos crimes de homicídio entre os grupos criminosos”, esclareceu o delegado-feral Paulo Cezar.
A Delegacia Geral argumenta que com os objetos apreendidos e as prisões realizadas durante a operação as investigações seguem para os possíveis mandantes dos homicídios registrados nos últimos meses em Macapá.
“A Segurança Pública é uma das prioridades do Governo do Estado e o plano é que as forças de segurança pública trabalhem de forma integrada. Essas ações vão se estender de maneira ininterrupta em toda a gestão até que tenhamos baixas taxas de criminalidade no estado”, adiantou Paulo Reyner.
* O nome da operação é uma homenagem ao policial civil Guaraci Almeida Bessa, profissional atuante no combate ao crime no Amapá, que faleceu no início desta semana.