A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu nesta quarta-feira (1º) acabar com a obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões e áreas de embarque e desembarque dos aeroportos brasileiros.
A medida havia voltado a vigorar em 23 de novembro de 2022, após recomendação de conselhos de secretários de saúde e entidades médicas.
O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, rebateu algumas críticas ao órgão regulador por manter a exigência de máscaras enquanto havia aglomerações de Carnaval em que a proteção não era necessária.
“Não há o que se falar ou trazer à discussão com esta agência nacional o por que transcorre assim ou assado em outras áreas sobre as quais nós não temos jurisdição. Temos nos mantido estritamente dentro do nosso ‘quadrado’, na medida em que os outros ‘quadrados’ são áreas de atuação de outras autoridades sanitárias que demandam de nós o devido respeito”, afirmou.
Os diretores entenderam que houve redução do número de novos casos de Covid-19 no Brasil, “o que permite a decisão pela flexibilização da obrigatoriedade do uso de máscara no interior dos terminais aeroportuários e aeronaves”, afirmou Barra Torres.
A média móvel diária de novos casos da doença atingiu ontem o patamar de 9.322, o mais baixo desde meados de novembro do ano passado, segundo dados do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde). Ao mesmo tempo, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) constatou nas últimas semanas queda das taxas de hospitalizações por complicações respiratórias, incluindo de pacientes diagnosticados com Covid-19.
Apesar da dispensa do uso de máscaras, os diretores da agência mantiveram a recomendação para que a população mantenha o esquema vacinal contra a Covid-19 atualizado.
“Mesmo com o uso de máscara facial no interior dos terminais aeroportuários, meios de transportes e outros estabelecimentos localizados na área aérea possa não ser uma obrigatoriedade neste momento, resta fortemente recomendado que as pessoas, especialmente as mais vulneráveis, continuem a utilizar a proteção facial”, afirmou a diretora Meiruze Freitas ao salientar que a Anvisa pode voltar a exigir o equipamento se houver mudanças no cenário epidemiológico.