PC apura execuções sequenciais em nova “noite sangrenta” na capital
Pelo menos cinco pessoas foram executadas quase que simultaneamente nas zonas Sul e Norte de Macapá
Elden Carlos / Editor
Macapá viveu uma nova ‘noite sangrenta’ na sexta-feira (17) quando cinco pessoas foram assassinadas a tiros durante ataques supostamente ordenados por líderes de facções criminosas, segundo informações iniciais obtidas preliminarmente pela polícia. A primeira morte foi registrada às 20h38 pelo Centro Integrado em Operações da Defesa Social (Ciodes).
O motorista de aplicativo Arlan da Silva Araújo, de 22 anos, foi morto na Avenida João Guerra, bairro Congós, Zona Sul de Macapá. Ele chegou ao local para deixar um passageiro quando foi surpreendido por dois homens que emparelharam em uma motocicleta e abriram fogo. Ele morreu no local. O passageiro também foi ferido, mas sobreviveu.
Dezessete minutos depois, dois suspeitos, em um carro de passeio, alvejaram três pessoas na rua Reinaldo Damasceno, bairro Novo Buritizal. Mário Barriga, de 30 anos, Joaquim dos Santos Filho, de 65 anos, e Alfredo Carvalho Barbosa foram levados para o Hospital de Emergências de Macapá. As duas primeiras vítimas tiveram as mortes confirmadas minutos depois. Alfredo teve o óbito confirmado no sábado (18). Joaquim era servidor público da Universidade Federal do Amapá (Unifap). A motivação para o ataque é investigada. No local a polícia recolheu vários estojos de munição calibre 9mm. Dois homens foram presos momentos depois, suspeitos de envolvimento no crime, mais um deles acabou solto por falta de provas.
Às 20h56, ainda segundo o Ciodes, Harison Daniel da Silva, de 20 anos, foi executado a tiros por dois homens que estavam em um carro Gol, de cor vermelho. O crime ocorreu na rua Minha Cidade, conjunto Mestre Oscar, Zona Norte. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local.
Todos os casos foram atendidos pela Delegacia Especializada em Crimes Contra Pessoa (Decipe). A suspeita principal é de que os homicídios, com características de execuções, tenham sido promovidos por integrantes de organizações criminosas.