Força Tarefa de Segurança Pública investiga organização criminosa que comandava crimes no Amapá e Pará de dentro do Iapen
Elden Carlos /Editor
A Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá cumpriu sete mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva na manhã desta terça-feira (24) durante a operação ‘Godzilla’, que investiga uma organização criminosa responsável por diversos crimes orquestrados e comandados de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde foram cumpridas duas ordens judiciais.
Segundo a Polícia Federal (PF), os mandados foram cumpridos nos bairros Infraero I e II, Congós, Universidade e conjunto habitacional Miracema, na capital. A ação é um desdobramento da operação ‘Alfaiate’, deflagrada em dezembro do ano passado no Amapá.
Ainda de acordo com a PF, as investigações revelaram a existência de um grupo criminoso responsável pelo planejamento e ordenamento de crimes entre os estados do Amapá e Pará. As ordens partiam de dentro do presídio estadual amapaense. Uma das principais ações que vinham ocorrendo recentemente eram os furtos de embarcações na região da Fazendinha (AP), e Afuá (PA).
Essas embarcações eram comercializadas por valores entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Foi identificado ainda o envolvimento do filho de um policial militar reformado que utilizava o carro do próprio pai para cometimento de roubos e tráfico de drogas. O militar da reserva não tinha conhecimento das ações criminosas do filho. O grupo também atuava de maneira intensa no tráfico de entorpecentes e de armas de fogo no estado.
Os investigados devem responder pelos crimes de tráfico de drogas, furto qualificado e integrar organização criminosa. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 23 anos de prisão.
As ações da Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá já resultaram, nos vinte primeiros dias do mês de janeiro, na apreensão de mais de60 aparelhos celulares nos pavilhões F1, F2 e F3 do Iapen. Esses aparelhos estão em poder da Polícia Federal e passam por uma minuciosa perícia para que a rede criminosa possa ser investigada com maiores detalhes.