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Secretária traça diagnóstico da 1ª semana de intervenção nas unidades de saúde do Amapá

Silvana Vedovelli tratou do assunto na manhã desta terça-feira (10) durante entrevista ao programa Primeira Opção (Equinócio 99,1FM)

Elden Carlos / Editor

A secretária de Estado da Saúde, Silvana Vedovelli, concedeu entrevista na manhã desta terça-feira (10) ao programa Primeira Opção (Equinócio 99,1FM) onde avaliou a primeira semana de intervenção em unidades hospitalares gerenciadas pelo Estado, traçando uma radiografia prévia e anunciando medidas de melhoramento para o sistema público de saúde estadual. Como ponto de partida, Silvana disse que o Hospital de Emergências surgiu como o maior desafio.

Imagem Vídeo: Adriano Monteiro

“Estamos trabalhando desde o dia 1º de janeiro no Hospital de Emergências de Macapá. Essas ações são realizadas com uma equipe multiprofissional. A primeira medida foi melhorar emergencialmente a infraestrutura, com a instalação de centrais de ar, readequação das enfermarias, reparos nos banheiros e leitos, além de outras áreas. Além disso, fizemos o reabastecimento de medicamentos, insumos e correlatos. Esse reabastecimento também foi expandido para outras unidades hospitalares do Estado. Agora, estamos com obras de melhoria na parte externa do HE para garantir o fluxo de pessoas e ambulâncias que chegam com pacientes ao pronto socorro. Ainda temos um projeto de paisagismo e arborização, enfim, o que queremos é humanizar o atendimento”, disse.

A nova gestora da pasta da saúde também fez um apanhado sobre obras importantes que estão sendo retomadas, como o hospital de Santana e o hospital regional de Porto Grande.

“Já visitamos o Pronto Atendimento Infantil, Hospital da Criança e Hospital de Santana, sendo que estes dois últimos já estão com mais de 70% das obras concluídas. Se houver necessidade de ajustes, no caso de Santana – que é um complexo hospitalar, será feito. É importante salientar que Santana recebe uma demanda muito grande de pacientes da região das Ilhas do Pará, então, o fluxo de atendimento é muito grande. Outra unidade hospitalar vital é o hospital regional de Porto Grande. A obra segue em andamento. Então, quando conseguirmos colocar essas unidades em atividade, não haverá necessidade de deslocamento das pessoas para capital, desafogando o sistema”, declarou.

A secretária também anunciou um plano de padronização dos medicamentos que devem abastecer as farmácias das unidades hospitalares para assegurar o abastecimento contínuo.

“Estamos aproveitando as licitações que já vem ocorrendo, os fornecedores que já tem os empenhos em mãos para que esses possam fazer a entrega dos medicamentos, insumos e correlatos. Também, estamos trabalhando para padronizar a medicação no Estado. O Amapá é o único estado que ainda não tem uma padronização de medicamentos. Uma das preocupações é relacionada, por exemplo, aos pacientes que precisam de medicação relacionada à oncologia ou nefrologia. Mas, serão feitas novas licitações para que tenhamos o abastecimento contínuo, como fizemos quando estivemos à frente da gestão municipal”, declarou a secretária.

Outro ponto importante da entrevista foi relacionado aos equipamentos que deveriam estar em uso permanente, mas que seguem parados por falta de contratação de empresa especializada ou de manutenção básica.

“Temos equipamentos que estão inoperantes, como é o caso de um tomógrafo que está no patrimônio. Esse equipamento será levado para Santana. A sala está sendo preparada para instalação, mas é preciso que se saiba que tudo isso passa pela contratação de uma empresa especializada, pela abertura de uma chamada pública, enfim, tudo dentro da legalidade. Muitos equipamentos precisam de manutenção e esses ajustes já estão sendo feitos no sentido de que o sistema opere integralmente”, garante.

Para Silvana Vedovelli, destravar o Programa de Tratamento Fora de Domicílio (PTFD) é um dos maiores desafios da nova gestão.

“Hoje nós temos uma reunião com a regulação e TFD para verificar qual é a demanda, quais entraves, se existem demandas que poderiam ser resolvidas dentro do próprio estado para amenizar esse deslocamento. É outro ponto delicado que estamos atuando para também humanizar o atendimento e garantir a assistência necessária”, afirma.

Sobre a alta demanda de cirurgias eletivas reprimidas. Vedovelli explicou existir um plano para zerar a fila de espera. As ações para esse processo já iniciaram no dia 2 de janeiro, sendo que a média diária de procedimentos é de dez cirurgias.

“As cirurgias eletivas estão sendo retomadas por meio dos mutirões permanentes. Não é apenas um mutirão, mas ações de continuidade para zerar a demanda reprimida. Agora, aproveito para anunciar que teremos a implantação de um sistema em que o paciente que precise de uma cirurgia de fratura, por exemplo, possa aguardar em casa. É que ele terá a garantir que no dia ‘x’ e hora ‘h’ ele deverá comparecer ao hospital para realização da cirurgia. São medidas importantes que estão sendo adotadas para, repito, humanizar o atendimento”, declarou.

A gestora também falou sobre a importância da parceria entre Estado e municípios. Para ela, o fortalecimento das redes municipais é determinante para melhoria do atendimento.

“As bandeiras políticas foram baixadas tão logo anunciado o resultado das eleições de 2022. Então, é hora de alinhar a política de saúde municipal e estadual. Vamos dialogar e buscar reforçar essa política com as 16 prefeituras. Quando se garante a estruturação das unidades básicas nos municípios, a rede estadual desafoga e serve ao seu verdadeiro propósito”.

Com larga experiência política, também, a secretária de saúde do Amapá afirmou que alinha ações junto aos parlamentares amapaenses em Brasília. O objetivo é a destinação de recursos federais para aplicação em projetos criados a partir da Sesa.

“Já trabalhos na articulação política junto à Bancada Federal. Estamos em diálogo permanente com os três senadores e já iniciamos as tratativas com os deputados federais no sentido de conseguir o maior volume possível de recursos para investimentos na saúde do Amapá. O caminho é longo, árduo, mas necessário para que tenhamos um atendimento de qualidade. Agora, isso só é possível com a elaboração de projetos”, concluiu.

Imagens: Deise Silva

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