Da Redação
O meteorologista Jefferson Vilhena, do IEPA (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá) – Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis, concedeu entrevista ao programa “Fogo Cruzado”, apresentado pelo jornalista Gilvan Barbosa (GB), pela rádio Equinócio FM 99.1, informando sobre o trabalho desenvolvido na questão da medição e uso de equipamentos para medição da área climática em todo o Amapá.
“Desde criança, gostava de olhar as nuvens e ficar com aquela curiosidade de como tudo aquilo acontecia. Raios, trovões, chuva, tudo aquilo despertou em mim esse fascínio que tenho até hoje. Preservação da água, gastos de energia, utilizar tudo o mais possível que seja; isso é economia”, resumiu.
Em relação ao clima, Jefferson destacou que “estamos indo para um período de estabilidade de chuvas. O clima da região amapaense é sempre muito chuvoso. Tivemos nos anos 2015, 2016 e 2017, períodos de precipitação fraca; contudo saímos dessa “estiagem” e voltamos para a normalidade de hoje (chuvas fortes). Só em 2022, houve registros totais de mais de 2400mm, com picos em março, abril e maio; e para 2023, os modelos climáticos indicam chuvas que irão ocorrem dentro da previsão um pouco acima da média. Desde 2018, essa média vem crescendo em todo o Estado. Um exemplo disse é uma chuva mensal que cai em nossa região com precipitação média de 500mm, pelo lado do Nordeste, é uma precipitação anual para a região”.
Para você entender melhor como se mede uma precipitação, o mm é calculado pela área especificada. É derramado 1l de água num determinado local por m2, e irá realizar a medição de acordo com essa água despejada. Para quem não conhece esse método, acha que 1mm não faz muito efeito; contudo, para uma área do tamanho da capital Macapá, causa um efeito enorme. É um quantitativo de água muito grande.
Para a capital Macapá, qualquer chuva é motivo de preocupação, pois não recebeu uma estrutura adequada para essas precipitações. Quando ocorre um valor maior que 5mm, é certo que causará pontos de alagamento nas áreas baixas da cidade, pois não há sistema de drenagem (áreas de ressaca).