Focus: mercado reduz projeção da inflação para 4,36%
Os dados foram divulgados pelo Banco Central por meio do Relatório Focus desta segunda-feira (15)

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa de inflação para 2025. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), houve manutenção. É o que mostra a nova edição do Relatório Focus, divulgada nesta segunda-feira (15).
De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 4,36%, ante 4,40% da semana anterior. Em relação ao PIB de 2025, a projeção foi mantida em 2,25%.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.
Inflação acima do centro da meta
Os preços de bens e serviços do país avançaram 0,18% em novembro – o que representa avanço de 0,09 ponto percentual em comparação a outubro (0,09%). Em 12 meses até novembro, a inflação acumula alta de 4,46%, o que representa o estouro do centro da meta em 2025, mas valor abaixo do teto.
Para 2027, o índice esperado foi mantido em 3,80%.
PIB
Segundo o Focus, o PIB do Brasil para 2025 deve ter crescimento de 2,25%, a mesma projeção da semana passada.
Para 2026, a previsão de crescimento da economia foi mantida em 1,80%. Para 2027, a estimativa reduziu de 1,84% para 1,83%. Em 2024, o PIB brasileiro fechou em alta de 3,4%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Juros
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2025 em 15% ao ano.
Para 2026, a projeção reduziu de 12,25% para 12,13% ao ano. Para 2027, o mercado manteve a estimativa para a Selic em 10,50% ao ano.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida em 15%. A próxima reunião do colegiado está marcada para 27 e 28 de janeiro.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.



