Sem Rebeca Andrade, 1º ano do ciclo Los Angeles-2028 apresenta novos protagonistas do esporte
Boxe e taekwondo vivem 2025 de ouros emblemáticos, indicam futuro promissor e colocam nomes na concorrência a Atleta do Ano do Prêmio Brasil Olímpico

O primeiro ano do ciclo olímpico de Los Angeles-2028 trouxe boas notícias ao esporte brasileiro, com nomes em maturação que atingiram o topo de suas respectivas modalidades ao longo de 2025. Vieram aos holofotes atletas como Maria Clara Pacheco e Henrique Marques, do taekwondo, e a boxeadora Rebeca Lima, vencedores de três dos seis ouros alcançados por atletas do Brasil em Mundiais neste ano.
Os três foram indicados a Atleta do Ano pelo Prêmio Brasil Olímpico, organizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde 1999. Na premiação feminina, Maria Clara e Rebeca competem com Gabi Guimarães, ponteira da seleção brasileira de vôlei, e a skatista Rayssa Leal.
Rebeca Lima tem 25 anos e cumpriu, em 2025, as expectativas nela depositadas em razão de sua evolução ao longo das últimas temporadas. Não sentiu a pressão de despontar como potencial sucessora de Bia Ferreira na categoria peso-leve (até 60kg) e foi medalhista de ouro no Mundial de Boxe em Liverpool, na Inglaterra. Perdeu o primeiro round da final contra a polonesa Aneta Rygielska, mas virou para ser campeã na decisão dos juízes.

Se o boxe tem uma sucessão em jogo, o taekwondo tem um novo nível estabelecido para a modalidade no Brasil. Henrique Marques, 21, se tornou o primeiro brasileiro campeão mundial da modalidade, em Wuxi, na China, na categoria até 80kg. Antes, já havia vencido o Grand Prix de Bangkok, na Tailândia, por isso termina o ano como número 1 do mundo.
O taekwondo feminino foi tão feliz quanto o masculino. Eliminada nas quartas de final nas Olimpíadas de Paris-2024, Maria Clara Pacheco, 22, venceu a campeã olímpica Yu-Jin Kim, da Coreia do Sul, na final do Mundial para dar um ouro ao Brasil duas décadas depois da conquista inédita de Natália Falavigna, em 2005, na categoria até 57 kg. Líder do ranking, venceu também o Grand Prix de Muju
A grandeza das conquistas do trio o colocou ao lado de alguns dos nomes mais consolidados na disputa pelo prêmio de Atleta do Ano, vencido por Rebeca Andrade e Caio Bonfim em 2024. Rebeca venceu as quatro última edições. Como a maior medalhista olímpica não competiu na atual temporada para cuidar da saúde mental e física, haverá uma vencedora diferente em 2025.
Rebeca Lima e Maria Clara Pacheco competem com duas das atletas mais impactantes do País. Rayssa Leal viveu mais um ano de protagonismo, coroado com o tetracampeonato do Super Crown, etapa decisiva da Liga Mundial de Skate (SLS, na sigla em inglês), que não conta pontos para a Olimpíada, mas é considerada a grande conquista do skate street.

Rayssa se manteve no topo do skate mundial com performances dominantes em 2025. Ela conquistou o pentacampeonato do STU Pro Tour Rio, em novembro, e ainda venceu as etapas de Miami e Brasília da Street League Skateboarding (SLS). Os resultados a garantiram no SLS Super Crown, que se realizará no fim de semana de 6 e 7 de dezembro em São Paulo.
Na disputa masculina, Caio Bonfim pode vencer o prêmio pela segunda vez depois de ser eleito no ano passado, na esteira da medalha de bronze conquistada nos 20 km em Paris-2024. No Mundial deste ano, em Tóquio, foi ouro na mesma prova em que foi vice nos Jogos Olímpicos e ainda conquistou a prata nos 35 km.

Excelente ano também viveu Hugo Calderano, campeão da Copa do Mundo, título importantíssimo e inédito para o Brasil, mesmo que não seja o principal do tênis de mesa. A competição mais importante da modalidade é o Campeonato Mundial, no qual Calderano foi prata, outro feito louvável, pois nunca um mesatenista não asiático havia chegado a uma final do torneio.

Já o sufista Yago Dora ampliou o domínio da Brazilian Storm no circuito mundial. Depois de liderar a temporada regular, venceu o Finals em Cloudbreak para dar ao Brasil o oitavo título da World Surf League (WSL) em 11 anos.



