Economia

Logística precária e juros altos são maiores travas para exportações brasileiras, diz CNI

evantamento mostra impacto do transporte internacional, ineficiência portuária e barreiras comerciais na competitividade

A indústria mantém alertas importantes sobre entraves que pressionam as exportações brasileiras. Levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mapeou os principais pontos de estrangulamento enfrentados por empresas que atuam no comércio exterior.

A nova edição da pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras indica predominância de gargalos logísticos e macroeconômicos entre os itens mais citados.

O transporte internacional aparece no topo das queixas: 58,2% das empresas classificam o custo como fator de impacto elevado ou crítico.

Em seguida, ganham espaço a ineficiência no manuseio e embarque de cargas em portos (48,5%), falta de rotas adequadas e limitações de espaço ou contêineres (47,7%) e tarifas portuárias (46,2%). A volatilidade cambial surge como o principal obstáculo fora do campo da logística (41,8%).

O presidente da CNI, Ricardo Alban, observa que dificuldades domésticas continuam pesando sobre o desempenho do setor exportador. Segundo ele, a indústria enfrenta um cenário complexo, no qual entraves estruturais se combinam a pressões internacionais.

“Mais do que nunca é indispensável fortalecer a capacidade da indústria nacional de ganhar espaço em mercados exigentes e dinâmicos”, afirma.

Ele acrescenta: “O Brasil não pode perder tempo. Precisamos eliminar gargalos internos com ação coordenada entre governo e setor privado. As reformas devem contemplar tanto a melhoria da competitividade quanto a ampliação do acesso a mercados”.

O estudo reforça que a competitividade segue limitada por burocracia alfandegária, infraestrutura insuficiente e alta complexidade regulatória envolvendo comércio exterior.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo