Força-tarefa evita prejuízo de R$ 366,5 milhões em fraudes e golpes contra o INSS
Formado pelo Ministério da Previdência e Polícia Federal, grupo realizou 72 ações até agora em 2025

As operações de combate às fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) evitaram um prejuízo de R$ 366,5 milhões neste ano. Segundo o Ministério da Previdência, levantamento preliminar mostra que, de janeiro ao dia 3 de dezembro, foram realizadas 72 ações pela Força-Tarefa Previdenciária.
O cálculo da economia se refere a pagamentos suspensos após a desarticulação de esquemas criminosos. Mesmo assim, o prejuízo estimado é de R$ 299 milhões no ano.
Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social e pela Polícia Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes estruturados contra o sistema previdenciário.

Casos
Duas operações que ocorreram nesta última semana não estão computadas no levantamento do Ministério da Previdência. Na quinta-feira (4), a Força-Tarefa Previdenciária deflagrou a Operação Hacker SA II, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes contra a Previdência Social com o auxílio de um servidor.
Foram identificados 226 benefícios concedidos de forma fraudulenta, que geraram prejuízo superior a R$ 10 milhões aos cofres públicos.
O grupo atuava por meio do acesso ilícito aos sistemas do INSS, viabilizando a concessão indevida de benefícios como pensões por morte, auxílios-reclusão, pensões alimentícias e seguros-desemprego.
Já a Operação Sujeito Oculto focou a atuação de intermediários na apresentação de documentos falsos em benefícios assistenciais. A investigação teve início a partir da análise de dados provenientes da Operação Grife, deflagrada em fevereiro de 2023, em Pernambuco, bem como de novas denúncias.
Operação Sem Desconto
Mas este ano foi marcado pela descoberta do “esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas”, que descontou cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Os descontos de mensalidades de sindicatos e associações em aposentadorias e pensões foram suspensos pelo governo federal, em 24 de abril, após a PF (Polícia Federal) e a GCU (Controladoria-Geral da União) deflagrarem a “Operação Sem Desconto”.
Com a fraude revelada, o governo federal começou programa para devolução do valor descontado indevidamente, em 24 de julho.
Até agora foram pagos R$ 2,7 bilhões a 3,9 milhões de aposentados e pensionistas vítimas dos descontos. Foram liberados R$ 3,3 bilhões ao Ministério da Previdência para o pagamento.
O prazo para fazer a adesão ao acordo foi estendido até 14 de fevereiro, de 2026, para os aposentados e pensionistas que têm direito.



