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Pescador paraense morre com vírus da raiva; homem contraiu doença no AP

Paciente era um pescador de 24 anos, agredido por um primata, no Oiapoque.

A Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS/AP), por meio de informações da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), confirmou a morte nesta quinta-feira (4), por vírus da raiva, do pescador Matheus Santa Rosa dos Santos, de 24 anos, os, que sofreu agressão por um macaco durante o ofício. O Governo do Estado atua para garantir resposta integrada entre vigilância, assistência, laboratório e órgãos ambientais para a saúde da população.

Ele estava internado há duas semanas na UTI do Hospital Universitário Barros Barreto, em Belém, unidade de referência no tratamento de infecções. É o terceiro caso da doença no Brasil este ano, segundo o Ministério da Saúde.

“O Governo do Amapá já está agindo de forma rápida e coordenada para garantir uma resposta eficiente. A SVS está mobilizada, por meio do Cievs, para proteger a saúde da população e fortalecer as ações em todo o território”, reforçou a superintendente da SVS, Claudia Pimentel.

Dias após o incidente, o quadro do pescador evoluiu para algo compatível com encefalite aguda viral, sendo transferido para unidade hospitalar de referência no estado do Pará. O diagnóstico foi confirmado por RT-PCR em amostras de saliva e biópsia. O sequenciamento genético, realizado pelo Instituto Pasteur (SP), identificou a variante AgV3, associada a morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus e a morcegos frugívoros do gênero Artibeus. O caso evoluiu para óbito em poucos dias.

Classificação epidemiológica

O caso foi classificado como confirmado para Raiva Humana, atendendo aos critérios nacionais de vigilância epidemiológica. A exposição ocorreu em ambiente silvestre, com relato de agressão por PNH, cenário relevante em áreas de circulação de variantes hematófagas.

Segundo a SVS, o sequenciamento reforça a hipótese de transmissão relacionada a morcegos, principais reservatórios da variante identificada.

Ações adotadas

A partir da confirmação, foram determinadas ações imediatas nas áreas de assistência e vigilância, incluindo registro no SINAN, atualização da linha do tempo do caso e monitoramento da evolução clínica.

Em relação à Profilaxia de Exposição (PEP), foi reforçada a avaliação de risco e a administração de vacina e soro aos contatos, procedimento iniciado pela Vigilância Municipal de Oiapoque.

A SVS também está orientando as unidades de saúde a manterem atenção permanente a qualquer paciente com histórico de exposição a animais silvestres, além de garantir estoque de imunobiológicos (vacina e soro antirrábico), reforçar notificações imediatas de agressões por animais e intensificar ações educativas para pescadores, ribeirinhos e moradores de áreas remotas.

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