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Policiais civis teriam recebido recursos de rede criminosa, aponta investigação da PF

O envolvimento de dois servidores da Polícia Civil do Amapá em um esquema criminoso de contrabando de ouro, corrupção e lavagem de capitais levou a Polícia Federal a deflagrar, na manhã desta quinta-feira (4/12), a Operação Cartucho de Midas. Os agentes foram afastados cautelarmente de suas funções enquanto as investigações avançam.

A operação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão nos municípios de Oiapoque e Macapá, no Amapá, e no Rio de Janeiro. Segundo a PF, o caso veio à tona após a identificação de movimentações bancárias consideradas atípicas e incompatíveis com a renda dos investigados, sugerindo um esquema envolvendo empresários e agentes públicos para ocultação de valores obtidos com o comércio ilegal de ouro na região de fronteira.

Durante as investigações, foram identificadas transferências expressivas de joalherias de vários estados para um posto de combustíveis em Oiapoque. Em seguida, o estabelecimento repassava parte dos recursos a um servidor público local, reforçando os indícios de lavagem de dinheiro e dissimulação de ativos.

Também foram encontrados elementos que apontam movimentações superiores a R$ 4,5 milhões realizadas por servidores sem justificativa econômica plausível, além da utilização de empresas de fachada para lavar valores ilícitos.

Os investigados poderão responder por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e peculato, crimes que, somados, podem ultrapassar 60 anos de prisão. Durante as buscas, uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.

Na atualização mais recente, a PF informou a apreensão de mais de R$ 1 milhão e mais de 25 mil euros em um dos locais vistoriados. A operação contou com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Amapá.

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