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“Lâmina de Prata”: Operação desarticula grupo criminoso que agia em 3 estados

Segurança Pública do Amapá realiza ação contra aliança delituosa interestadual e apreende mais de R$ 1 milhão de grupo criminoso no Amapá, Amazonas e Paraná

A Segurança Pública do Amapá deflagrou uma ofensiva de combate ao crime organizado que focou em uma ampla estrutura criminosa interestadual envolvida em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção, com ramificações no Amazonas e Paraná.

Nesta quarta-feira, 19, o resultado, até o momento divulgado pelo serviço policial, informa que houve 20 mandados de prisão cumpridos, aproximadamente R$ 500 mil bloqueados em contas bancárias, além de outros R$ 500 mil em aplicações financeiras pertencentes aos investigados. A operação também resultou na apreensão de três veículos, entre eles, um avaliado em cerca de R$ 140 mil, duas motocicletas utilizadas para atividades ligadas ao grupo criminoso, joias e ouro.

A operação apoiada pela Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em ação integrada com a Polícia Civil que denominou a ação como “Lâmina de Prata”, sendo coordenada pela Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, da Polícia Civil (Draco/PC).

Ao todo, 58 ordens judiciais foram cumpridas nos estados do Amapá e nos outros dois estados envolvidos, sendo 23 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio e sequestro de bens e valores pertencentes aos investigados. 

No Amapá, os mandados foram cumpridos em Macapá, no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em Santana e também em Vitória do Jari, onde, segundo as investigações, um importante integrante do grupo criminoso, ocupando o cargo de secretário de infraestrutura do município, foi preso por seu envolvimento na parte financeira da organização. 

O trabalho das equipes da Draco foi reforçado pela Polícia Militar, Polícia Penal e Grupo Tático Aéreo (GTA), que atuaram de forma integrada para o cumprimento dos mandados.

Corte nas facções 

As autoridades explicaram que a operação, ao atingir diretamente os fluxos financeiros, simbolizados no nome “Lâmina de Prata”, buscou “cortar” a sustentação econômica da facção, considerada fundamental para o enfraquecimento da sua atuação interestadual.

A operação também descobriu a presença de integrantes de alta hierarquia na cadeia de comando, incluindo lideranças femininas e operadores logísticos responsáveis por articular rotas entre o Amapá, Manaus (AM) e Tabatinga (PR). As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e localizar os três alvos ainda foragidos.

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