Urgente: EUA lançam operação militar na Venezuela
Operação Southern Spear mobiliza porta-aviões, caças e tropas americanas, enquanto Trump avalia opções militares contra o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.
Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (14) uma operação militar de grande escala na América Latina e no Caribe, em meio a uma escalada de tensão com o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela. A ação, batizada de Operação Southern Spear, é apresentada por Washington como um esforço para combater “narcoterrorismo” e o tráfico de drogas na região.
O plano militar foi detalhado pelo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, que confirmou o emprego de navios de guerra, submarinos, caças e tropas sob comando do U.S. Southern Command, responsável pelas operações no hemisfério sul. A operação ocorre após uma série de ao menos 20 ataques a embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico, que já deixaram cerca de 80 mortos, segundo balanço da imprensa internacional.
Porta-aviões na região e opções contra a Venezuela
A movimentação militar inclui o deslocamento para a região do grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior do mundo, que já se encontra em águas próximas à América Latina. A presença do navio é vista como uma demonstração direta de força em direção à Venezuela.
De acordo com fontes do governo norte-americano, o presidente Donald Trump recebeu um conjunto de opções militares específicas para atuar contra a Venezuela, incluindo possíveis ataques a alvos em terra, dentro do território venezuelano. As propostas foram apresentadas em reuniões no Conselho de Segurança Nacional em Washington.
Embora a operação seja oficialmente justificada como combate ao narcotráfico, analistas e críticos afirmam que o foco real é aumentar a pressão sobre o regime de Maduro e abrir caminho para uma possível mudança de governo em Caracas.
Reação da Venezuela
O presidente Nicolás Maduro reagiu em tom duro, acusando Washington de usar o discurso antidrogas como pretexto para tentar derrubá-lo. Em discurso transmitido em rede nacional, ele pediu que Trump não inicie uma “guerra sem fim” na América Latina, comparando o risco a conflitos prolongados como o do Afeganistão.
A Venezuela afirma que mobilizou centenas de milhares de militares e milicianos em exercícios de prontidão, incluindo unidades terrestres, navais e de mísseis, como forma de demonstrar capacidade de resistência a um eventual ataque. Especialistas, porém, avaliam que as Forças Armadas venezuelanas enfrentam desgaste econômico, dificuldades de manutenção e limitações tecnológicas diante do poderio militar norte-americano.
Operação Southern Spear e as críticas internacionais
A Operação Southern Spear é a face mais visível de uma campanha que os EUA vêm intensificando desde setembro, com bombardeios e ataques a barcos acusados de transportar drogas a partir da América do Sul. O governo Trump classifica os grupos envolvidos como “narcoterroristas” e afirma que eles são responsáveis por alimentar a violência e a epidemia de drogas em cidades norte-americanas.
Impactos para a região e para o Brasil
A escalada entre EUA e Venezuela ocorre em uma região estratégica para o Brasil e para a Amazônia, tanto pela proximidade geográfica quanto pelos fluxos de comércio, migração e segurança de fronteira. Embora o governo brasileiro ainda não tenha assumido protagonismo público nessa crise, qualquer agravamento do conflito pode ter reflexos:
- Aumento de fluxo migratório venezuelano;
- Pressão sobre as fronteiras ao norte;
- Necessidade de posicionamento diplomático em organismos internacionais.
Analistas ouvidos pela imprensa internacional alertam que uma operação militar mais ampla contra a Venezuela poderia redesenhar alianças na América Latina, afetando relações comerciais, diplomáticas e de cooperação em temas como energia, defesa e meio ambiente.



