Partido de Milei tem vitória surpreendente nas eleições legislativas da Argentina
"A Liberdade Avança (LLA)", de Milei, venceu com uma diferença de nove pontos a nível nacional após dois anos de reformas ultraliberais

O presidente da Argentina, Javier Milei, venceu de forma surpreendente e contundente as eleições legislativas deste domingo (26) na Argentina. O líder ultraliberal classificou a conquista como “ponto de virada”.
O partido A Liberdade Avança (LLA) venceu com uma diferença de nove pontos a nível nacional após dois anos de reformas ultraliberais, as quais o presidente prometeu aprofundar a partir de agora.
O partido venceu com 40,7% dos votos, superando a oposição, que teve 31,7% dos votos, segundo dados provisórios da Direção Nacional Eleitoral com apuração de 98,9% das urnas.
“Hoje passamos o ponto de virada, hoje começa a construção da Argentina grande”, comemorou Milei, ao som de rock.
O resultado ocorreu após semanas de pressão sobre o peso argentino. Para resolver o problema, Milei chegou a pedir um resgate financeiro a Trump, seu aliado, que o parabenizou pela vitória.
“Parabéns ao presidente Javier Milei por sua vitória esmagadora na Argentina”, escreveu o norte-americano na rede social Truth Social. “Está fazendo um trabalho excelente! Nossa confiança nele foi justificada pelo povo da Argentina”, acrescentou.
A partir de 10 de dezembro, o governo argentino terá um terço da Câmara dos Deputados para blindar os vetos presidenciais a projetos que enfrentam resistência no Congresso. No Senado, porém, terá que formar alianças.
“Passamos a contar com 101 deputados em vez de 37 e no Senado passamos de seis senadores a 20″, disse Milei, em um discurso mais conciliador do que o habitual, no qual convocou os governadores e outras forças políticas ao diálogo. O número de cadeiras deve ser confirmada posteriormente.
Na província de Buenos Aires, a mais populosa do país, teve um resultado surpreendente. O governo havia perdido mais de 13 pontos nas legislativas locais de setembro e, neste domingo (27), empatou com o peronismo (centro-esquerda).
A taxa de participação foi de 67,9%, a menor para uma eleição nacional desde o retorno da democracia na Argentina em 1983.



