
O Campus Fluvial do Instituto Federal do Amapá (Ifap) será implantado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento – Novo PAC. A Presidência da República, a Casa Civil e o Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) publicaram no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução CGPAC Nº 11, que discrimina as ações que compõem o Novo PAC. Dentre as unidades da Rede Federal na categoria “Expansão – Inclusão” que garantiram recursos, estão o Campus Fluvial e os campi Piraí-RJ (IFRJ), Contagem-MG (IFMG) e Rosário do Sul (IFSul).
O Campus Fluvial será o primeiro do tipo na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e atenderá às comunidades ribeirinhas do Amapá, com foco na oferta de cursos voltados às vocações locais – como recursos pesqueiros, agricultura familiar, energias renováveis e turismo. A embarcação contará com salas de aula, laboratórios e espaços de convivência, além da estrutura de apoio terrestre.
“Com muita alegria, recebemos a notícia da inclusão, de fato e de direito, do nosso tão sonhado Campus Fluvial do Instituto Federal do Amapá no Programa de Aceleração do Crescimento, sendo uma das quatro novas unidades contempladas nesta nova etapa de expansão”, afirmou o reitor do Ifap, Romaro Silva.
De acordo com o gestor máximo da instituição, “essa conquista é fruto de um trabalho coletivo que envolve inúmeros agentes e, especialmente, de uma gestão aguerrida, comprometida com o desenvolvimento e a interiorização da educação profissional no Amapá. Em apenas um ano e meio, alcançamos um marco histórico: a consolidação de quatro novas unidades autônomas – Campus Oiapoque, Campus Pedra Branca do Amapari, Campus Tartarugalzinho (em expansão) e o Campus Fluvial (em expansão). Assim, passamos de quatro para oito unidades autônomas, reafirmando o protagonismo do Ifap no processo de expansão da Rede Federal”.
Romaro Silva destacou que “essa conquista também reflete a sensibilidade e o diálogo permanente com o Governo Federal, que têm reconhecido a importância do nosso trabalho. Nesse contexto, já foi solicitado o crédito orçamentário inicial de R$ 7 milhões, destinado à construção do escritório do Campus Fluvial, sua base terrestre. Essa estrutura será edificada na avenida Norte-Sul, ao lado do prédio da Reitoria, em um terreno doado pela Receita Federal, resultado direto de uma articulação conduzida pela nossa gestão”.
O reitor também ressaltou o esforço coletivo da gestão. “Reafirmo que essa realização é coletiva, construída com o empenho diário de muitas mãos e mentes comprometidas com o fortalecimento do Ifap. Seguiremos trabalhando, com dedicação e entusiasmo, pela expansão e consolidação dos nossos campi, levando cada vez mais oportunidades de formação, pesquisa e desenvolvimento para todo o Amapá”, disse Romaro Silva.
Implantação em andamento
O Campus Fluvial contará com duas unidades: o escritório, que funcionará como base terrestre, e a unidade embarcação. Quem explica é o presidente Comissão de Acompanhamento e Articulação, responsável por conduzir as ações necessárias às articulações internas e externas para a implantação do Campus Fluvial, Neilson Oliveira da Silva.
“A equipe do Ifap segue empenhada para entregar o quanto antes a base terrestre, que será fundamental para o funcionamento e o suporte às atividades da unidade embarcação”, afirmou.
Na última quinta-feira (17), foram concluídos os projetos da unidade terrestre, incluindo arquitetura, estrutura, instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, sistema de prevenção e combate a incêndio e SPDA. “Com essa etapa finalizada, a previsão é de que o processo licitatório seja iniciado já na próxima semana, permitindo o início das obras ainda neste ano”, previu Neilson Oliveira.
Expansão
Com a criação dos mais de 100 novos institutos federais (IFs) em todo o Brasil, a previsão é gerar mais de 140 mil novas vagas de educação profissional e tecnológica, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio.
Os novos campi estão sendo implantados em regiões que ainda não possuem IFs ou que têm baixo número de matrículas em cursos técnicos de nível médio em relação à população da região. A expansão é uma das ações que visam ao cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), o qual prevê triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, com pelo menos 50% da expansão no segmento público.
Consolidação
O Novo PAC também prevê recursos para a consolidação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, com investimento de R$ 1,4 bilhão. Desse montante, mais de R$ 927 milhões já foram investidos em melhorias e ampliação da infraestrutura das mais de 600 unidades existentes. A prioridade do investimento é a construção de restaurantes estudantis, bibliotecas, blocos de salas de aula e laboratórios, quadras poliesportivas e campi em sedes próprias.