O voo mais longo do planeta: quase um dia no ar, sem escalas e a experiência rara de assistir dois amanheceres chega em 2026
Qantas aposta em aeronaves Airbus A350-1000 com cabines premium e áreas de bem-estar para enfrentar quase um dia inteiro de viagem aérea

A aviação mundial ganhará um novo marco em 2026, quando a Qantas dará início a voos diretos entre Sydney e duas das maiores metrópoles do planeta: Londres e Nova York. A companhia australiana confirmou que essas viagens terão duração entre 19 e 22 horas, superando qualquer voo existente atualmente.
Voo histórico: o nascer do sol duas vezes
O projeto recebeu o nome de “Sunrise” porque permitirá que os passageiros assistam ao sol nascer duas vezes durante o percurso. Esse detalhe reforça a ideia de que a experiência vai além do transporte, oferecendo também uma jornada singular.
Hoje, o voo mais longo do mundo é operado entre Cingapura e Nova York, com cerca de 18 horas. Portanto, o plano da Qantas ultrapassa essa marca, estabelecendo um novo padrão de distância e tempo de permanência a bordo.
Aviões adaptados para resistência
A empresa chegou a analisar uma parceria com a Boeing para desenvolver modelos específicos, mas no fim escolheu a Airbus. O avião definido para a operação é o A350-1000, adaptado para enfrentar as longas horas de voo.
O primeiro lote dessas aeronaves era esperado para 2022. No entanto, a pandemia de COVID-19 atrapalhou a entrega e adiou o início da operação. Assim, o cronograma só poderá ser cumprido em 2026.
Voo mais longo do mundo: conforto como prioridade
Uma das grandes preocupações da Qantas é garantir que a experiência seja suportável, já que os passageiros passarão quase um dia inteiro dentro da aeronave.
Por isso, mais de 40% do espaço será ocupado por cabines premium.
O layout terá seis suítes de primeira classe, 52 suítes executivas e 40 assentos de economia premium. Já os demais 140 lugares serão destinados à classe econômica, que contará também com uma área dedicada ao bem-estar.
Detalhes das cabines
As suítes de primeira classe lembram pequenos quartos de hotel. Cada uma terá poltrona reclinável, espaço de trabalho para até duas pessoas, armário e uma TV sensível ao toque de 32 polegadas. O sistema contará ainda com iluminação em LED e suporte para conexão Bluetooth.
Na classe econômica, a proposta é oferecer um padrão acima do comum. Os assentos terão telas individuais sensíveis ao toque, portas USB-C para carregamento e acesso livre à chamada Zona de Bem-Estar, equipada com lanches e áreas específicas para alongamentos rápidos.
Com isso, a Qantas aposta em uma combinação de inovação e conforto para transformar o que antes parecia impossível: voos comerciais quase ininterruptos, cruzando o mundo em uma única decolagem.