Mulherio das Letras do Amapá completa dois anos com avanços e conquistas na literatura feminina

Por Julia Rojanski
O Mulherio das Letras do Amapá comemora dois anos de atuação, neste mês de setembro, consolidando-se como um movimento essencial para dar visibilidade e fortalecer a produção literária das mulheres do Estado. Criado pela escritora Lulih Rojanski como uma página no Facebook, o grupo seguiu o exemplo de outros núcleos regionais surgidos a partir do movimento nacional idealizado pela escritora paulista Maria Valéria Rezende.
As primeiras a integrar o grupo amapaense foram Lia Borralho, Mara Lobo e Alcinéa Cavalcante. Aos poucos, outros nomes se somaram, como Pat Andrade, Ana Anspach, Claudia Flor D´Maria, Mary Paes, Negra Áurea, Carla Antunes, Leacide Moura e Iramel Lima, e muitas outras, formando uma rede cada vez mais representativa. Entre elas, Pat Andrade e Lia Borralho tiveram maior atuação, mantendo a página ativa com publicações e interações.


Em 2024, um grupo de escritoras liderado por Leacide Moura deu um passo importante ao organizar o Primeiro Encontro do Mulherio das Letras do Amapá, que contou com a presença da escritora amazonense Marta Cortezão e reuniu escritoras e mulheres ligadas à cadeia produtiva da literatura. Apesar da participação ainda tímida, o evento foi considerado um marco, pois abriu espaço para discutir os desafios e as perspectivas da literatura feminina no Estado.
A partir dessa experiência, o coletivo adotou o nome Mulherio das Letras Matinta Perera, uma sugestão de Marta Cortezão, considerada hoje a madrinha do movimento amapaense.
No ano seguinte, em 2025, o movimento ganhou maior organização, passando a realizar reuniões mensais.

Em fevereiro, as integrantes elegeram, por aclamação, a escritora Leacide Moura como Coordenadora Geral. Desde então, o Mulherio intensificou sua presença em eventos culturais dentro e fora do Brasil, lançou livros, conquistou editais, e viu suas participantes alcançarem reconhecimento em prêmios literários nacionais e internacionais.
“Realizamos muita coisa. Participamos de todos os eventos literários do Estado e do município. Lançamos muitos livros, ganhamos dois editais, teve matinta ganhando prêmios literários nacional e internacional. Os cafés literários cresceram com a forte participação e apoio do Mulherio. E nossas matintas estão realizando cada vez mais seus próprios eventos e os de coletivos. A literatura feminina do Amapá cresceu e se fortaleceu muito com o movimento Mulherio das Letras”, destacou a coordenadora Leacide Moura.
Com dois anos de trajetória, o Mulherio das Letras do Amapá reafirma sua importância como espaço de resistência, criação e coletividade, ampliando o protagonismo das escritoras amazônidas no cenário cultural. No momento, o movimento se prepara para a participação na Folia Literária Internacional do Amapá, na primeira semana de outubro.
- Atendimento à imprensa: Mary Paes (96) 99179-4950